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Tratamento para refluxo em bebês: sintomas e cuidados necessários


Olá, você está no canal Conversas sobre Filhos. Meu nome é José Arantes, sou médico homeopata e mãe, e estou aqui para conversar com você sobre questões e aflições que surgem na nossa jornada de criar nossos filhos. O assunto de hoje é o refluxo gastroesofágico.
O refluxo gastroesofágico é a passagem do conteúdo do estômago para o esôfago. É um evento normal na maior parte dos bebês e também ocorre quando colocamos o bebê para arrotar e ele regurgita um pouco do conteúdo do estômago, como o leite que foi ingerido. Esse refluxo é um evento normal e o bebê continua bem, ganhando peso adequadamente e dormindo bem. E isso vai aos poucos diminuindo por volta de 10 meses. Às vezes há um pouco mais até um ano. Esse refluxo desaparece e é chamado de refluxo gastroesofágico fisiológico.
No entanto, 5% dos lactentes regulam e apresentam a doença do refluxo gastroesofágico. Eles apresentam regurgitações dolorosas, prolongadas em grande quantidade várias vezes e longe das mamadas. A recuperação longe da amada acontece da seguinte forma: o bebê regurgita o leite, que para misturar e quando ele chega no estômago, ele recebe a ação dos ácidos e quando ele volta, ele volta ácido e a criança sente como se fosse queijinho. Esse “queijinho” mostra que ele sofreu ação dos ácidos e que ele vem machucando. Isso é o que vai trazer a dor do bebê. Às vezes, até quando dormem, eles sentem dor.
Muitas vezes, o bebê recusa a alimentação e tem bebês que apresentam uma coisa que se chama de mamada nervosa. Ele está com fome, vai aos filhos das duas, três jogadas, daí ele sente a dor, ele para, joga a cabeça atrás, a kia o corpo e para demandar. Determinados bebês não apresentam as reivindicações nem os momentos, eles apresentam só a mamada nervosa.
O leite reflui do estômago e o problema ocorre quando a porta entre o estômago e o esôfago não deveria permitir a passagem. Como ela está imatura, ela se abre longe das mamadas, fora do tempo correto.
O tratamento para esses episódios de refluxo consiste em tratamentos à base de medicamentos e de medidas não medicamentosas. Inicia-se sempre com a medida não medicamentosa, que é procurar dar de mamar com o bebê em posição sentada e deixar o bebê entre 20 a 30 minutos após a mamada na posição vertical, porque essa posição vai ajudar o esvaziamento dos é do estômago e vai diminuir os episódios de regurgitação. É importante evitar o uso do bebê conforto porque essa pressão que o bebê conforto faz no abdômen do bebê ajuda a aumentar os episódios de refluxo.
Muitas vezes, o pediatra pode orientar para aquelas crianças que já estão o uso da fórmula láctea, o uso das fórmulas dispensadas que são as chamadas fórmulas AR. Essas fórmulas retiraram 20% da lactose do leite e no lugar, colocam um espessante que pode ser a gota de jataí ou bonito de minas, que ajuda bastante a diminuir os episódios.
Quando essas medidas não farmacológicas não surtem efeito, algumas vezes pode ser necessário usar um bloqueador de ácido, que diminui os vômitos e pode ter benefícios em relação à mamada nervosa, à atitude e aos sons do bebê.
O problema é que esses episódios de regurgitação não diminuem consideravelmente, uma vez que este problema do refluxo é decorrente de uma imaturidade da junção do esôfago com o estômago. Essa maturidade como tempo vai evoluindo. São poucos os casos que persistem com refluxo até a idade adulta.
Porém, é importante ressaltar que em 5% dos lactentes, o refluxo gastroesofágico pode se tornar uma doença e prejudicar o desenvolvimento do bebê. Por isso, é fundamental consultar sempre um pediatra para acompanhamento e orientação.
Muito obrigado e até a próxima semana.
Fonte: Refluxo em bebê – Sintomas de refluxo e tratamento por Dra. June Arantes – Conversa Sobre Filhos