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Tratamento de fratura de tíbia: opções de gesso e cirurgia para a diáfise da perna.

Olá, bom dia! Tudo bem? Bem-vindo ao canal de Ortopedia e Traumatologia voltado para pacientes. Meu nome é Marcelo Amado e sou médico ortopedista. Se você quebrou a sua perna, mais especificamente a tíbia, esse vídeo é para você. Hoje eu vou falar sobre os tratamentos que existem para a fratura que aconteceu no meio da tíbia, chamada de diáfise, e um pouco sobre as suas peculiaridades.

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As fraturas na tíbia são muito comuns, principalmente em pacientes jovens, mas também podem acontecer em idosos. A fratura que acontece no meio do osso, que se chama diáfise, é a mais comum entre as fraturas da tíbia. Essa fratura pode acontecer somente na tíbia ou estar associada com a fíbula, que é um osso que fica ao lado dela.

Atualmente, existem tratamentos diferentes para fratura de tíbia, sendo o tratamento com gesso e o tratamento cirúrgico os principais usados. Dentre os tratamentos cirúrgicos, os principais implantes utilizados são a haste intramedular, as placas e parafusos, parafusos isolados e o uso de fixador externo, que pode ser temporário ou do tipo Ilizarov.

O que define o método de tratamento utilizado é o tipo, o formato e a localização da fratura. Se você teve uma fratura e tem indicações de tratamentos diferentes por outros médicos, mas tem dúvida em relação ao qual seria o melhor tratamento para o seu caso, saiba que existem empresas especializadas em emitir uma segunda opinião médica sem concessão de interesse. Para mais informações, acesse o link na descrição desse vídeo.

Agora vou explicar cada opção de tratamento de uma maneira simples e fácil. Cada uma tem uma indicação específica e depende do paciente, do tipo de fratura, do tipo de lesão associada, dos implantes disponíveis e da experiência do cirurgião. Às vezes, até existe mais de uma indicação correta para o seu caso.

Vamos falar do tratamento com gesso. Inicialmente, o tratamento com gesso tem sido cada vez menos indicado. Ele é mais demorado e começa com um gesso bem grande que vai da virilha até os dedos do pé, e se chama de indignopodálico. Você deve ficar com esse gesso de duas a seis semanas e não pode apoiar o pé. Depois desse tempo, um novo gesso especial chamado PTB é realizado e permite que você já dobre o joelho e comece a apoiar o pé. O gesso pode permanecer por mais seis a oito semanas, até que o osso consolide totalmente. Atualmente, o tratamento pode ser indicado somente para fraturas sem desvio e bem alinhadas, além disso, a pele do paciente deve estar em boa condição para poder suportar o tratamento com gesso. O tratamento também pode ser indicado para pacientes que se recusam a operar e pacientes em condições de saúde que impossibilitam a cirurgia.

Já o tratamento cirúrgico para fraturas da diáfise da tíbia é o mais utilizado atualmente, pois tem menos complicações em relação ao tratamento com gesso, além de ser mais rápido e permitir que o paciente volte às atividades mais rapidamente. A cirurgia está indicada para fraturas desviadas, fraturas para todas as direções, lesões de partes moles, grande destruição óssea, lesão arterial, síndrome compartimental, fratura do fêmur ao mesmo tempo e do mesmo lado, entre outras indicações.

O tratamento mais popular é a colocação de uma haste intramedular, que foi feito no lutador Anderson Silva, por exemplo. Nessa técnica, é colocada a haste, que é uma espécie de cano, dentro do osso que a linha e deixa em posição correta para consolidar. No dia seguinte da cirurgia, você já pode andar com o andador e do braço, sendo muito mais confortável. Isso pode variar da fratura e dos implantes utilizados, então isso não é uma regra e pode mudar de paciente para paciente, do tipo de fratura e do resultado final da cirurgia.

Um problema das hastes é que podem afetar o seu joelho e causar dor durante o pós-operatório. Esse é uma questão muito comum entre os pacientes. As placas e parafusos podem ser utilizados em determinados casos, dependendo do formato da fratura. Mas o uso de placas perdeu muita popularidade com as hastes intramedulares para o tratamento de fraturas da diáfise da tíbia. As placas não permitem que o paciente fique em pé até que o osso consolide, o que demora de 8 a 12 semanas, e ainda necessitam fazer acesso cirúrgico maior controla noserviço.

O fixador externo é utilizado para as fraturas da tíbia grave, como fraturas expostas graves ou pacientes politraumatizados também graves que não aguentariam uma cirurgia definitiva por conta de outras lesões no acidente. No caso de perda óssea, infecção, osso colado torto ou quando não se clareia a fratura, pode ser indicado o tratamento com fixador externo Ilizarov.

Espero ter ajudado você a saber mais sobre tratamentos para fraturas da diáfise da tíbia e se ficou alguma dúvida, deixe um comentário que eu te responderei. Um abraço e até a próxima!

Fonte: FRATURA DE TÍBIA – COMO É O TRATAMENTO [GESSO] [CIRURGIA] [DIÁFISE] [PERNA] por Canal das Fraturas