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Transtornos do Autismo e TDAH: Benefícios e Efeitos da Ritalina

Olá pessoal, quero dar uma dica sobre o uso de psicoestimulantes. Não é preciso estimular de gente tá falando, então é de anfetaminas, de ritalina, de Concerta, de essas substâncias psicoestimulantes. Estamos falando de efeito no cérebro, não é de dar um estímulo em uma pessoa para ela ficar “acordada”. Em algumas situações específicas, pode ser indicado o uso desses medicamentos, porém, particularmente, um transtorno do espectro do autismo é muito marcante e vou falar um pouco sobre isso.

Vamos começar entendendo o que é o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). O TDAH é um transtorno que é composto por vários pequenos comportamentos, sendo que os principais são: Déficit de Atenção (DA), Hiperatividade (HA) e Impulsividade. Quando você utiliza um psicoestimulante que você está fazendo? Está mexendo nesse equilíbrio bioquímico dessas substâncias, como dopamina, norepinefrina e serotonina.

Isso é importante para entendermos como funciona o autismo, que é um transtorno que afeta muitas crianças. Vocês concordam que um monte de criança autista tem o tal do hiperfoco? O hiperfoco é um comportamento que se caracteriza quando a criança se fixa em algo, um objeto, um trecho de fala ou mesmo um comportamento. Esse comportamento em crianças autistas pode às vezes, não ser identificável com facilidade.

Em alguns casos, quando uma criança autista tem TDAH, ela apresenta um hiperfoco desses que não é sobre estímulos relevantes. Isso é importante porque quando o psicoestimulante é utilizado, não se pode garantir que a atenção da criança vá melhorar, porque pode ser que o aumento de atenção seja em estímulos irrelevantes. Quando a criança tem atenção provocada em estímulos irrelevantes, existe uma boa chance de piorar seu desenvolvimento.

Portanto, quando um psicoestimulante é começado a uma criança autista, primeiro deve-se investigar claramente se a criança não tem hiperfoco em estímulos irrelevantes. Segundo, depois de dois ou três meses de uso, é importante checar a evolução da criança, como a performance escolar, as terapias realizadas, entre outros. Isso determinará se a utilização do medicamento é a melhor opção ou se deve ser repensada.

Fonte: AUTISMO, TDAH e RITALINA por Neurociência – Paulo Liberalesso