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Teste Rápido de HIV: Como funciona na prática nas UBSs.

Teste rápido de HIV, sífilis e hepatites em Caxias do Sul

O sangue coletado da ponta do dedo faz parte de um procedimento que agora pode ser realizado em 15 unidades básicas de saúde de Caxias do Sul: o teste rápido de HIV, sífilis e hepatites B e C.

A coordenadora do serviço de infectologia da secretaria municipal da saúde explica que na nossa região, que abrange 18 municípios, são 250 novos casos de HIV por ano. Porém, muitas pessoas não sabem que têm o vírus. Então, esses casos que a gente registra são de pessoas que têm o seu diagnóstico, seja porque já sabem ou porque fizeram o teste rápido. Mas existem dados que mostram que cada quatro pessoas com diagnóstico de HIV, uma na verdade não sabe que tem HIV. Então, existem muitas pessoas contaminadas que ainda não chegaram no serviço, então é um número alto que poderá aumentar com certeza também por conta dessa questão.

Na UBS do bairro Fátima Alta é possível fazer o teste. Eu fui conferir na prática como ele funciona e antes do teste em si, existe uma parte de aconselhamento que a enfermeira Lidiane vai me contar o que é. “A pessoa vem aqui e pode ter uma notícia ruim, digamos assim. E aí, como é que vocês trabalham antes disso? Mas como é um teste que pode revelar uma alteração, algum exame positivo, a gente tem que conversar, ver em que situações essa pessoa se expôs mais aos maiores riscos e já orientar ela que então esse é um exame que pode ser um diagnóstico e que se tiver alguma alteração ela vai ter todo o apoio, direcionamento para atendimentos dessa patologia que ela tenha, mas é preparando ela pra que possivelmente possa ocorrer um exame positivo.”

No meu caso, as informações estão sendo abertas porque eu estou fazendo uma reportagem, mas o paciente entra aqui e tudo é de forma sigilosa, fica entre a enfermeira Lidiane e paciente. É um exame sigiloso, então a gente sempre faz individual é com o paciente e o diagnóstico fica só na área de atendimento em saúde e também o paciente recebe o laudo com os resultados dos exames dele.

Eu vou pedir que se aproxima é uma das mãos e formas, tanto faz. A gente só usa antisséptico na pele pra não, na hora que perfura, levar nenhum microorganismo pra dentro. Confesso que estou com mais medo da picada do que do diagnóstico, mas avancei. Tinha bem tranquila, mas deixa eu ver. Então, não dá pra virar a agulha, digamos assim, é uma agulha bem fininha. Ela só… Tranquilo aqui, é um pouquinho de sangue. De mais uma gota do sangue é coletado e os reagentes químicos são colocados em cada um dos quatro testes, e tudo isso é feito na frente do paciente, pode esclarecer dúvidas, nem pode acompanhar o teste para não ter nenhuma dúvida que não tem erro de trocar com a mostra de ninguém. É individual o material de cada um. Depois é desprezado. Então, é o que vamos aguardar então, mais 20 minutinhos.

Em menos de 30 minutos, a enfermeira já tinha resultado do meu teste. “Bom, chegou o tão aguardado momento de revelar o diagnóstico e a enfermeira vai virar o resultado”, e sem ter que dar um tempo, os testes são respeitados no tempo mínimo. “A gente tem o resultado pra te passar, como nós já tínhamos orientado antes. Agora a gente vai ver os testes 1 a 1”.

  • O teste para hepatite C, o controle dele, então que realmente foi realizada adequadamente, estava lendo negativo.
  • Está também é para hepatite B, com o mesmo resultado negativo.
  • O HIV e sífilis também não reagentes.

Então, nesse momento, nem na realização do teste está tudo bem, não houve nenhum teste positivo, mas isso nem indica que você não tenha que prosseguir com os cuidados de prevenção durante relações, sempre com proteção, não compartilhar objetos cortantes e lírios. No meu caso, todos deram negativo, mas em caso positivo que acontece com o paciente, “essas pessoas com diagnóstico, através do teste rápido que a gente faz, e diagnósticos outros são de triagens, elas vão ser referenciadas pelo serviço de infectologia é que de Caxias do Sul, onde a gente tem uma equipe capacitada também e qualificada para atender no que diz respeito à AIDS, as hepatites B e C”. Assim, a própria atenção básica é capaz de acompanhar seus usuários com diagnóstico de sífilis.

Até o fim do ano, todas as unidades básicas de saúde devem realizar o teste rápido de HIV, sífilis e hepatites, tudo de forma rápida, confiável, gratuita e sigilosa.

Fonte
Veja como é feito na prática o teste rápido de HIV nas UBSs por JORNAL DE CAXIAS