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Síndrome inflamatória em crianças causada pela Covid-19.

A Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica

A COP-19, apesar de ter se mostrado rara em crianças, traz uma outra preocupação: a chamada Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica. Essa síndrome é uma consequência e uma complicação da doença, pois atinge outros órgãos do corpo. É importante saber que essa síndrome também é raríssima nas crianças, mas os médicos pedem atenção, pois trata-se de um quadro grave de saúde.

Durante o pico da pandemia no continente europeu no ano passado, houve alertas de uma complicação associada à COVID-19 em crianças que apresentavam sintomas semanas ou até meses depois da infecção. De lá para cá, a doença ganhou um nome: Síndrome Respiratória Multissistêmica Pediátrica. Normalmente, é muito grave e pode ter febre persistente por mais de 3 dias como critério, além de comprometimento de outros órgãos.

Segundo dados do Ministério da Saúde de Abril do ano passado a março deste ano, aqui no Brasil foram notificados 813 casos da síndrome em crianças e adolescentes de até 19 anos. A maior incidência é em crianças a partir de 5 anos e que apresentem alguma comorbidade, especialmente obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares.

O início do quadro é muito parecido com outros quadros. Ele é parecido com influenza, nem parecido com o resfriado comum, onde a criança pode ter espirro, tosse, um pouco de secreção e febre. A gente vê bastante dor abdominal em crianças e diarreia. De acordo com esta pediatra, o tratamento vai depender muito do grau de comprometimento dos órgãos afetados, mas deve acontecer o mais breve possível.

Essa pessoa que já está em estado inflamatório é como se tivesse jogado querosene. Aí não entendi o vírus. Ele causa uma vasculite, que é uma inflamação dos vasos. A gente tem vasos no corpo todo e todos os órgãos. As causas para o desenvolvimento da síndrome ainda são incertas, mas a prevenção está nos cuidados já conhecidos: uso de máscara por crianças acima dos 2 anos de idade, a higienização das mãos e o distanciamento social.

A responsabilidade pela proteção da família é de todos. É importante lembrar que, ao contrário do que se pensava lá no início da pandemia, a criança não é um vetor do vírus. Diversos estudos já comprovaram que normalmente são os adultos que transmitem a COVID-19 para as crianças. As crianças têm alguns componentes do próprio sistema imunológico com menos receptores para o corrigir na mucosa nasal e nas vias aéreas e normalmente mais de oitenta por cento dos casos aquelas pegou o vírus de um adulto. Um dos alertas da comunidade médica é que, mais do que nunca com a pandemia, é preciso manter a saúde em geral equilibrada, pois isso evitará outras complicações.

Fonte: Covid-19 pode causar síndrome inflamatória em crianças por Jornalismo TV Cultura