Entenda o câncer como sintoma

Olá pessoal, tudo bem? Começando agora, eu acho que sou médico e hoje estou aqui trazendo para vocês um pouco de informação sobre essa doença que hoje é a segunda maior causa de morte no Brasil. 600 mil pessoas morrem de câncer por ano e é uma doença que estima-se que em 2020 já vai superar um fato que é a doença que mais mata atualmente, sendo então o câncer, a partir de 2020, a primeira doença que mais mata pessoas no planeta.

Primeiro ponto aqui é entender que a gente não deveria olhar para o câncer como se ele fosse uma doença, porque isso vai fazer com que a gente cometa um triste exemplo no tratamento do paciente. Pensando comigo, se o paciente chegou para mim com um câncer de intestino, então imaginar que o tumor intestinal é o câncer seria um erro. Eu tenho aqui um novo vizinho de células tumorais, né mesmo? Para ser mais simples, eu enxergar esse câncer como sendo um sintoma. Olha como é que eu vou tratar isso aqui? Eu vou simplesmente botar o paciente no bloco cirúrgico, vou cortar esse trecho aqui, vou retirar e vou dizer consciente de que está curado. Esse paciente vai para casa e alguns anos depois ele pode retornar com outro câncer no intestino ou com câncer em outro lugar no corpo, porque cometi o erro de olhar o câncer como se ele fosse uma doença.

Talvez a primeira pessoa na história que nos deu informações e informações científicas de que eu poderia olhar o câncer como sendo algo diferente de uma doença foi Linus Pauling. Ele foi um bioquímico que, em 1954, foi laureado com o prêmio Nobel quando ele provou teoria do ph. Ele nos disse que o que determina a doença é o meio em que a célula está vivendo. Então, desde 1954, já tinha informações para olhar o câncer como sintoma e ir para outras patologias, como por exemplo, a esclerose de gerações ou partes sem olhar para tudo isso como se tudo isso fosse apenas sintomas de um corpo que estava doente. A gente costuma chamar em medicina o corpo humano de um terreno biológico. O nosso corpo é um biológico com o qual nós temos que cuidar. É o nosso terreno e esse terreno biológico pode estar saudável ou ele pode estar inflamado.

Se o terreno biológico estiver inflamado, eu tenho aqui a doença. Então, aqui eu tenho que enxergar a doença e olhar para o câncer como se o câncer fosse os sintomas e oportunizou essa doença. E eu preciso tratar os dois, é preciso tratar o sintoma da doença assim como o paciente que procura com uma pneumonia. Qual é o sintoma dele? É tosse? Se eu tratar só a tosse com o xaropinho, eu até posso amenizar essa tosse, mas para o tratamento ser efetivo, vou tratar os sintomas e a causa. A causa era a doença pulmonar.

Tentando desenhar isso de uma maneira mais simples, eu gosto muito de utilizar como exemplo o aquário. Por que? O aquário, na minha opinião, é o que melhor traduz o funcionamento do corpo humano. Então, a gente pode pensar que o aquário é composto na sua maior parte por água. No meu corpo, eu tenho 74% de água. No aquário, eu tenho o vidro delimitando o conteúdo para que a água não extravase. E no meu corpo, eu tenho a pele delimitando o que acaba nos trabalhos. Ou seja, eu e o aquário somos tanques d’água com o revestimento para não estragar usar essa água. Vida é agora. A gente tem vida, não tem peixinhos. Lembre-se que eu sou médico, não sou desenhista. Eu imagino aqui como peixinhos representando vida. O que eu tenho dentro do meu corpo? Eu tenho células, que representam a unidade vital do corpo.

Tudo mundo que já teve um aquário em casa sabe que existe uma necessidade de controle do ph do potencial hidrogênio dessa água. Isso porque existe um ph ideal para que o peixe consiga viver. E se você descuida desse ph, você vai chegar em casa e encontrar outros bichinhos. Tudo aqui embaixo, tudo doente, sem energia. Você põe comida em cima, um beijinho, mas os outros não se mexem e, um dia depois, eles vão morrer. É isso que acontece com o corpo humano quando você descuida do ph do seu corpo através da alimentação, do stress, através de uma insônia. Você vai gerar um ambiente celular e metabólico propício para que as células doentes se propaguem e que as células saudáveis não consigam manter sua vitalidade.

Quando você pega um paciente com câncer, você tem que olhar para ele como um paciente que está com seu aquário inflamado, a água suja, e passar por uma postura de mudar isso, ao mesmo tempo que você faça o tratamento dos sintomas do câncer, para evitar que o paciente retorne depois com outra neoplasia. Com a doença se propagando cada vez mais, é essencial que a gente comece a olhar para o câncer como sintoma e comece a mudar a nossa postura diante do nosso terreno biológico.

No meu consultório, tem uma semana sequer que não atenda pelo menos três ou quatro pacientes com câncer de mama. A doença está se propagando cada vez mais e a estimativa é que não bate de aumentar, porque a gente não está fazendo absolutamente nada para diminuir a incidência do câncer. Os exames preventivos são importantes, mas a gente também precisa começar a mudar os nossos hábitos alimentares, de sono, de vida para prevenir que uma pessoa desenvolva uma neoplasia.

Fonte: O CÂNCER é uma DOENÇA? por Dr. Samuel Dalle Laste

Posts Relacionados:

Coroas Dentárias: Entenda o que São, Suas Funções e Necessidade O que é o nervo óptico e suas funções visuais. Tentantes e gestantes: Uso do Ácido Acetil Salicílico e suas funções! Aula sobre a Doença de Kawasaki e outras Doenças Exantemáticas.