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Risco do HPV na gestação e parto para o bebê

HPV na Gravidez: Cuidados e Recomendações

O Papiloma Vírus Humano (HPV) é um vírus que possui mais de 100 tipos, sendo que 40 destes agem na parte genital do homem e da mulher. É estimado que cerca de 25% das mulheres apresentem algum tipo de manifestação do HPV durante a vida, e durante a gravidez, a chance disso acontecer é ainda maior. A gestação torna a mulher mais suscetível a infecções, incluindo o HPV, que pode se manifestar e trazer riscos para o bebê.

Acredita-se que aproximadamente 65% das mulheres estejam contaminadas com o vírus, mas é possível se prevenir através do uso da camisinha, cuidado com o sexo oral e, principalmente, pela vacina disponível gratuitamente para meninas de 9 a 13 anos. Mulheres acima dessa idade devem procurar clínicas particulares.

Caso a mulher já tenha sido infectada pelo HPV, a vacina não irá adiantar. O próprio corpo da mulher pode combater o vírus, mas em alguns casos, isso pode não acontecer. O HPV é responsável por cerca de 70% dos casos de câncer no colo do útero, sendo a terceira maior causa de morte em mulheres.

Uma gravidez aumenta a probabilidade de uma manifestação do HPV, mas a doença pode se manifestar de diferentes formas e com diferentes riscos. Existem os tipos de HPV de baixo risco e alto risco, sendo os últimos capazes de ocasionar câncer no colo do útero.

Se uma gestante apresentar manifestações do HPV, o médico avaliará o nível de infecção. Alguns tratamentos não são seguros para o bebê, como os que utilizam substâncias tóxicas. No entanto, existem outros tratamentos que podem ser realizados com segurança, como o uso de aparelho laser ou ácido.

O HPV é transmitido pelo contato e pode contaminar o bebê durante o parto. Cerca de 40 bebês em um milhão serão afetados pelo HPV. Se a mãe tiver lesões graves, é recomendado o parto cesáreo para evitar o risco de contágio do bebê. Se a mãe tiver lesões pequenas, o parto normal pode ser considerado. No entanto, é necessário um diálogo entre a mãe e o obstetra para decidir o que será melhor para o bebê e para a mãe.

Os exames de rotina, como o papanicolau, são importantes para detectar o HPV. Se uma mulher teve lesões e precisou fazer uma cirurgia antes da gestação, pode ser necessário realizar uma cerclagem, um ponto no colo do útero, para aumentar as chances de segurar o bebê.

É importante que a mulher realize todos os exames do pré-natal e não falte às consultas. Caso haja qualquer manifestação do HPV, o tratamento deve ser realizado o mais rápido possível.

O HPV não é transmitido pelo sangue nem pelo leite materno, portanto, após o parto, a mãe pode amamentar o bebê tranquilamente.

Em resumo, o HPV é um assunto sério que merece atenção especial durante a gravidez. A prevenção é fundamental, mas caso a infecção se manifeste, é necessário um acompanhamento médico adequado para preservar a saúde da mãe e do bebê.

Fonte: HPV na gravidez, parto e risco para o bebê por Almanaque dos Pais

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