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Prevenção, sintomas e tratamentos do câncer colorretal

Olá, ao meu lado está um médico coloproctologista, Dr. Gustavo Becker Pereira. Doutor, bem-vindo a mais um programa. É um prazer recebê-lo aqui, tudo bem?

Primeiramente, parabenizo que utilizaram o espaço para informação, educação e saúde. É algo muito importante e que é uma das principais maneiras de prevenção quando a população está recebendo informações, muitas vezes fazendo com que consigam evitar um grande problema, como no caso que iremos falar hoje do câncer colorretal.

Doutor, por gentileza, poderia explicar ao pessoal de casa o que seria esse câncer?

Muito bem, quando falamos em câncer colorretal, estamos falando do câncer do intestino grosso, ou seja, o câncer que acontece no cólon e no reto. Como foi colocado antes, é um tumor que tem uma incidência alta e aumento frequência, principalmente nas regiões do nosso país que têm maior industrialização, como as regiões sul e sudeste. Isso se dá a vários fatores, principalmente ao estilo de vida e alimentação. Por isso, é algo que a gente tem que estar consciente e seguindo as medidas que podem evitar e que podemos tentar fazer um diagnóstico precoce, porque isso é fundamental.

Quais são as pessoas mais suscetíveis à doença?

Os mais suscetíveis à doença são as pessoas que já têm uma história familiar de câncer colorretal, já que ele é multifatorial. Ou seja, existem vários fatores que vão fazer com que um paciente que já tenha uma predisposição genética acabe desenvolvendo o tumor.

Quais são esses fatores que nós podemos interferir de maneira muito fácil?

Vários fatores que contribuem, como uma alimentação rica em fibras e pobre em gorduras saturadas, restrição da ingestão de carne vermelha e produtos embutidos, ingestão adequada de fibras, líquidos e quadra, uma dieta saudável e um estilo de vida saudável, como evitar o fumo e o álcool, ter um marco na sua rotina para a prática de exercícios esportivos, pelo menos três a quatro vezes por semana.

Quais são os sintomas que a doença já vai nos avisando?

O tumor no intestino é um tumor mais silencioso, mas é um problema. Por isso, o paciente tem que estar atento aos sinais que o corpo dá. É importante entender seu organismo porque muitas vezes o sinal que o tumor vai dar no momento mais inicial é algo mais discreto e mais leve. Se a pessoa observar que teve alguma alteração em seu organismo, as fezes mudarem a consistência, as fezes ficarem mais finas, se demorar mais dias para evacuar ou começar a ter diarreia ou dificuldade para evacuar, dor abdominal, estofamento e distensão abdominal, sangue nas fezes, deve procurar a investigação médica para ser avaliado.

Como é tratado o câncer colorretal?

Algumas vezes, pode ser necessário não fazer um tratamento que acompanhe como quimioterapia ou vocês um câncer do reto a radioterapia, mas a cirurgia é a principal forma de tratamento. A cirurgia tradicionalmente era feita através de uma incisão de corte, mas atualmente, é possível fazer a mesma cirurgia de forma minimamente invasiva através de pequenas incisões. O paciente tem benefícios como cirurgia que leva menos danos no organismo, uma recuperação mais rápida e com menos riscos.

Qual é a faixa etária que a gente tem que estar mais preocupado e atento?

Essa faixa etária é de grande importância. O tumor tem sua incidência a aumentar a partir da quinta década de vida, ou seja, a partir dos 50 anos. É importante que as pessoas estejam tendo moderação e estejam atentas às fezes. Lembrando que muitos pacientes podem não sentir nada, mas hoje em dia, existem avaliações que podem ser feitas em pacientes assintomáticos e que já identificam lesões iniciais que ainda não são malignas, como o pólipo, que pode ser removido antes de virar um câncer. A colonoscopia, por exemplo, é um exame de câmera fina que passa através do ânus em todo o intestino grosso. O paciente é sedado e não sente dor, muitas vezes pega lesão inicial que é o pólipo que ainda não é maligno. É importante estar atento a esses sintomas e procurar o médico para ser avaliado.

Encerrando, agradeço a Dr. Gustavo Becker Pereira pelas informações importantíssimas passadas aqui para nós. Muito obrigada.

Fonte: Câncer colorretal por NDTV Joinville