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Prevenção e Tratamento de Lesões Pré-Malignas do Colo do Útero


Olá amigas,
Bom dia Tia Ju,
Tagarelando novamente, hoje eu quero falar de um assunto bem interessante: o câncer de colo de útero, que é uma doença muito prevalente na nossa população, nas mulheres aqui no Brasil. Infelizmente, na maioria das vezes, a doença é diagnosticada em estágios avançados.
Mas eu quero sim, ainda mais especificamente, falar das lesões precursoras do câncer de colo de útero, que é uma doença bem previsível que, na maioria das vezes, segue um caminho citopatológico até chegar a se tornar o câncer propriamente dito.
Eu tenho visto as meninas, as mulheres que recebem esses exames e ficam em dúvida no que estão lendo ali, e principalmente ficam ansiosas, né? Porque vinha lá neoplasia intra-epitelial. O que isso significa? Que caminho seguir?
Então, por isso, resolvi fazer este vídeo. No colo do útero, quando vem essa alteração, nada mais é do que na camada epitelial, existem essas alterações celulares que a gente classifica como 31, 32, 33. Essa variação vai depender da espessura das alterações celulares. Lembrando que tanto a região quanto a NIC 3, a gente não ultrapassou a membrana basal, que já seria um carcinoma propriamente dito.
Então, em um paciente que recebe essa alteração NIC I, por exemplo, que é a alteração mais precoce dessa neoplasia intra-epitelial cervical, que nós recomendamos normalmente, não é um tratamento específico, não fazemos a conização com ablação.
Essas pacientes são acompanhadas a cada seis meses ou um ano. A gente faz isso por dois anos e, na maioria das vezes, após esses dois anos, essas lesões já sumiram. E aí, tudo bem, é só continuar acompanhada.
Agora, naquela paciente que, após dois anos de acompanhamento, já fez os exames a cada seis meses e permanece NIC I, aí a gente pode continuar observação ou conversar com a paciente e, quem sabe, fazer esse tratamento.
Claro, é uma decisão compartilhada, porque é um tratamento que vai alterar ali o colo uterino, que pode, eventualmente, numa futura gravidez, trazer consequências. Então, a gente conversa com a paciente sobre isso. E aí, a decisão entre ser expectante ou fazer o tratamento é tomada com a paciente.
Aquelas pacientes que têm NIC II, que já é uma lesão de alto grau, o tratamento também pode ser expectante ou o tratamento já se faz com a retirada desse colo uterino. Nós normalmente recomendamos o tratamento cirúrgico, com a retirada desse colo uterino, porque já é uma lesão de alto grau e já tem uma propensão maior a transformar-se em NIC III ou, enfim, um câncer invasor.
Agora, aquelas pacientes que apresentam no colo do útero uma lesão que se apresenta como NIC III, que pode ser chamada até de neoplasia intra-epitelial cervical de alto grau ou até um carcinoma in situ, nessa denominação, a paciente não tem conduta expectante.
Se a paciente necessitar de tratamento, qual o tratamento? Aí é uma outra discussão que a gente já faz: a organização de outro tipo de tratamento. Normalmente, fazemos a conização, que ao preconizar ali a retirada desse colo uterino, preserva o útero dessa mulher.
E algumas situações também, às vezes, a paciente, lembrando 23 à histerectomia, não é Tina. Não se faz histerectomia de rotina. E paciência e três, mas aquelas pacientes já têm mais idade, têm prole constituída ou têm alguma outra alteração uterina que justifique o fazer a comia, como miomatose difusa, adenomiose, etc.
As circunstâncias a gente, claro, informa ao paciente e etc, pode-se optar por fazer a histerectomia não é a rotina.
Lembrando também que muitas pacientes não gostam ou não têm acesso aos exames preventivos. A minha sugestão aqui é sempre que possível, informe suas amigas, parentes, vizinhas sobre a importância do exame preventivo.
Pacientes gestantes com NIC I, a gente só mantém a observação e após o parto, a gente repete a colposcopia. Claro que ela vai estar sendo acompanhada pelo obstetra, mas após o parto, ela faz a colposcopia.
As pacientes gestantes que descobriram NIC II ou III e sem nenhuma evidência de câncer invasor, ela pode repetir esse exame a cada 12 semanas durante a gestação, ou mesmo após a gestação, repetir o exame. E claro, se durante essa gestação for identificado algum componente invasor, a essência paciente merece ser tratada.
É isso, meus amigos. Espero ter ajudado um pouquinho aí, ele é um tema que vale a pena a gente discutir. Fica com Deus, um forte abraço!
Fonte: Falando um pouco sobre lesões pré-malignas do colo do útero! por Falando de câncer com Dr Darlan