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Parkinson e Sexualidade: Como a doença afeta a vida sexual

Olá! Se você quer saber mais sobre a doença de Parkinson e sua relação com a sexualidade, fique até o final desse vídeo que irei falar mais sobre isso. Meu nome é Dr. Willian Rezende do Carmo, sou médico neurologista fundador da Clínica Regenerate e no meu canal falo sobre dor, sono, Parkinson, emoções, Neurologia geral e toda semana temos um neurônios no qual trago as últimas novidades do mundo da Neurologia para você. Se você não quiser ficar de fora e não perder nenhuma novidade, inscreva-se no meu canal e clique no sininho, assim você receberá a notificação de todos os vídeos e não perderá nenhuma novidade.

A doença de Parkinson e a sexualidade são temas extremamente importantes de serem abordados, pois a doença é crônica e lenta, e a pessoa vai conviver muitos anos com ela. A sexualidade é importante e faz parte da vida, e como é importante, pode ter repercussões sobre a sexualidade do paciente com Parkinson. É importante que esse tema seja abordado e levado ao médico do paciente. Outra coisa que é importante ser dita é que problemas de cunho sexual não são menores e não podem ser deixados de lado, eles têm que ser abordados sim e dado a devida importância a estes.

Quais são os principais problemas relacionados à sexualidade que a pessoa que é portadora da doença de Parkinson pode ter? Falta de desejo, dificuldades na coordenação dos movimentos durante o ato sexual, fadiga, disfunção erétil, secura vaginal, falta de orgasmo e hipersexualidade. Vamos abordar cada um desses problemas para ter o entendimento um pouco melhor sobre o assunto.

A falta de desejo pode ter vários motivos e um deles é o próprio uso de medicamentos, especialmente medicamentos antidepressivos. Existem medicamentos antidepressivos que reduzem muito mais a libido de um paciente parkinsoniano e tem outros que reduzem menos e alguns muito poucos que chegam a não ter interferência nesse aspecto. É importante discutir com o médico caso paciente faça uso de algum medicamento antidepressivo, para ver se é possível trocar por outro que não afete tanto a libido do paciente. Além disso, pode ser a própria depressão não tratada, pois cerca de setenta por cento dos pacientes portadores de doença de Parkinson têm depressão associada como comorbidade e sintoma não motor. Essa depressão senão tratada, ela também causa falta de desejo sexual.

As condições motoras próprias da doença podem ser um fator de dificuldade do ato sexual, como a rigidez, o tremor e a lentidão, além da fadiga que muitas vezes dificulta o ato sexual. Mas isso é possível de ter solução através do uso de medicamentos para tirar a pessoa do estado off e passá-la para o estado on durante o ato sexual. Existem medicamentos de ação rápida como a apomorfina, que é injetável, a caneta de apomorfina e outras estratégias do dia a dia para coordenar o ato sexual.

Além disso, pode ter outros problemas como a disfunção erétil, que é um problema típico de disautonomia que pode vir junto da doença de Parkinson. Entre outras síndromes parkinsonianas, a disautonomia é a queda ou a falta de controle autonômico sobre a pressão, frequência cardíaca, temperatura corporal, controle da bexiga e também da função erétil. Ela pode ter múltiplas causas e soluções que precisam de profissionais da área para ajudar o paciente.

Se você está vendo e gostou do tema e conhece alguma pessoa portadora da doença, envie o link do vídeo para essa pessoa, você pode estar ajudando ela no aspecto importante da vida que é a sexualidade.

Fonte: Doença de Parkinson e Sexualidade por Regenerati – Dr. Willian Rezende