Pular para o conteúdo

Obesidade: uma doença que pode levar à morte – Reportagem Especial


A segunda-feira é o dia mundial de começar dietas. Entre tantas histórias de batalhas contra a balança, hoje nós vamos falar sobre os perigos da obesidade.
E aí…
– O sobrepeso, obesidade grau 1 e grau 2, obesidade mórbida. O nome assusta, mas não é um exagero, a obesidade pode matar. Ela é uma doença progressiva, é uma doença de caráter genético. Com a poluição, várias são as causas da obesidade. A verdade é que está associada a diversas doenças que são a principal causa de morte, como eventos cardiovasculares e câncer. A obesidade está associada a três tipos de câncer diferentes, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). 13 tipos, pelo menos. Além disso, em 2019, logo no começo da pandemia, com as primeiras mortes, ficou claro que assim como os idosos, os obesos corriam mais risco de desenvolver quadros graves e até mesmo morrer por conta de complicações causadas pela contaminação por coronavírus.
– Conforme a cobertura da Covid-19 avançando, eu fui percebendo os riscos que eu estava correndo com a questão da obesidade. Eu tenho obesidade desde a adolescência, mais ou menos, meus onze, doze anos. Só que eu nunca tinha entendido como uma doença. Na pandemia, atingiu o meu maior peso. Aí, marquei uma consulta e conforme foi indo aos médicos, fui percebendo que ela era não só uma doença, mas uma doença muito mais comum do que a gente imagina.
– O que determina o grau de obesidade é o índice de massa corporal, conhecido como IMC. Ele é calculado dividindo o peso em quilos pela altura ao quadrado. Eu tenho 1,80 de altura. Na academia, eu atingi o máximo do meu peso, 152 kg. Antes de começar a dieta, quando eu dividia o peso pela minha altura ao quadrado, chegava no IMC de 42, o que é considerado obesidade grau 3, que antigamente era chamada de obesidade mórbida. Agora, com o novo critério de tratamento, perder bastante peso e, com isso, meu IMC baixou para 32 e a minha obesidade que era grau 3, agora grau 1. Quem tem IMC entre 25 e 29, o diagnóstico é de sobrepeso. De 30 a 34, obesidade grau 1. Já o IMC entre 35 e 39 caracteriza obesidade grau 2 e acima de 40, é obesidade grau 3.
– No Brasil, de acordo com o último censo do IBGE, a proporção de obesos na população acima dos 19 anos mais que dobrou nas duas últimas décadas, saltando de 12,2 por cento para 26,8 por cento. Antes da pandemia, em 2019, o excesso de peso atingia sessenta por cento da população adulta, ou seja, quase 100 milhões de brasileiros.
– Você sofreu muito preconceito quando você era mais gorda?
“Sofri, sofri demais o assédio é muito malvado. Eles fazem comentários desnecessários. Muitas vezes, por exemplo, já ouvi até que eu nunca iria arrumar um amor na minha vida. Já fui chamada de tudo que é nome. Me colocaram para baixo mesmo. Ela não quer se cuidar, ela não quer, você tá bonita, não quer se arrumar. Ela não tem uma autoestima elevada e quando ela emagrece, ela começa a tratar o cabelo, começa a fazer uma maquiagem, a cuidar da pele, a comprar uma roupa diferente. As pessoas não tomam diferença muito grande. Tem muita desinformação, tem muito preconceito.”
– Por que enfrentar a obesidade exige muito mais do que força de vontade, como muita gente pensa. Por isso, vamos explicar melhor o problema nesta série. Pois é, estou no meio do caminho. Eu perdi 35 kg, só que o tratamento é para vida inteira. Ainda tem muita coisa pela frente.
A partir de hoje, toda segunda-feira, vamos acompanhar a história de quem batalha contra a balança, as armadilhas de dietas milagrosas, a importância do tratamento multiprofissional e pacientes no início, no meio e já na fase final da perda de peso. Toda segunda tem episódio inédito da nova série do Jornal da Band, Obesidade Contra o Preconceito Pelo Tratamento.
Fonte: Reportagem especial: obesidade é doença e pode matar por Band Jornalismo