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Mucocele e Sialocele: Causas, Sintomas e Tratamentos


Oi gente, tudo bem?
Então, vamos falar um pouquinho sobre essas duas técnicas cirúrgicas: a sialoadenectomia, que é a remoção das glândulas salivares, e a marsupialização, que é a abertura das glândulas salivares para cicatrização com segunda intenção.
Primeiro, a gente tem que conhecer a anatomia. As glândulas salivares são em Paris, como vocês veem aqui na imagem:
– Glândula mandibular bilateral
– Sublingual bilateral
– Glândulas que se interligam com mandibular e outras glândulas (menos comum de acontecer a afecção)
– Glândula parótida
– Glândulas cromática
– Tenho duplo sublingual
Essas são as principais glândulas e as mais comuns de serem acometidas são a mandibular e a sublingual.
E aí, a gente tem o primeiro caso, que é o paciente com um acúmulo de saliva abaixo da mandíbula ou abaixo do pescoço, o que chamamos de mucocele salivar. As causas ainda não foram identificadas, mas pode ser trauma, corpo estranho e até mesmo cálculos podem causar essa reflexão. O diagnóstico é feito por histórico, evolução clínica e exame citológico para confirmar que agente encontrou saliva. As radiografias poucas vezes podem ajudar no diagnóstico para a gente saber qual a glândula que está comprometida ou envolvida.
O exame histopatológico é confirmatório e uma dica que eu quero dar para vocês é que quando é difícil a gente identificar qual glândula está comprometida, podemos virar o paciente em decúbito dorsal e ver se esse acúmulo de saliva migra mais para o lado direito ou lado esquerdo.
Não recomendo fazer a drenagem dessa saliva toda vez que vejo o aumento de volume. O ideal é realmente o procedimento cirúrgico.
A técnica cirúrgica para a glândula mandibular e submandibular é remover sempre as duas, já que elas são interligadas. O acesso que eu tenho preferência é pelo acesso lateral, logo caudal ao ramo da mandíbula. Fazemos uma incisão sobre a glândula, que é muito próxima da glândula parotídea, mas a glândula mandibular salivar fica logo cranial a bifurcação da veia jugular. Secamos pele e subcutâneo e encontramos a glândula. Ela deve ser removida inteiramente, assim como a glândula submandibular.
Outra dica que eu quero dar para vocês é que se houver dúvidas no diagnóstico, a gente pode abrir o outro lado para avaliar a outra glândula. Ainda assim, se tiver dúvidas, é melhor remover as duas glândulas de maneira bilateral, pois o paciente não fará falta de saliva por termos removido as duas glândulas salivares.
Outra região que a gente tem bastante problema com a glândula salivar é a sublingual. Quando temos um aumento de volume que forma chamadas do hamas, a gente não consegue remover aqui a glândula salivar. Neste caso, a gente vai realizar a marsupialização. O procedimento nada mais é do que fazer uma abertura em elipse, abrindo esse tecido toda em volta e fazendo suturas nas bordas, fazendo com que essa abertura fique permanente por alguns dias para que drene a saliva até a cicatrização por segunda intenção.
Ambos os procedimentos são utilizados suturas simples. Quando a gente faz a remoção da glândula submandibular, a gente deve fazer a soltura de subcutâneo e pele de forma rotineira.
Se ficou alguma dúvida sobre o procedimento, vocês podem deixar aqui nos comentários.
Fonte: Mucocele ou sialocele por Camila Baron

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