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Introdução à Arritmia Cardíaca em Crianças e Bebês: Causas, Sintomas e Tratamentos


Bom, estamos fazendo parte da família do canal médico e hoje vamos falar sobre arritmias na população pediátrica e seus aspectos clínicos.
De imediato, sabemos que, pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, a criança é classificada em cinco itens: recém-nato (que vai de zero a vinte e nove dias), lactente (de 30 dias a dois anos), pré-escolar (de dois a quatro anos), escolar (de quatro a 12 anos) e adolescente (de 12 a 18 anos).
Sob o ponto de vista prático, dividimos essa população em três grupos. O primeiro vai de 0 a 4 anos, porque, em tese, até quatro anos a criança não consegue se comunicar e não consegue explicar o que está sentindo. De 4 a 12 anos, a criança já consegue explicar sua sintomatologia, e nessa faixa etária existe um grupo particular de arritmias cardíacas que podem ser diagnosticadas a partir da própria sintomatologia na criança. O grupo de adolescentes vai de 12 a 18 anos.
Sob o ponto de vista clínico, ou seja, o enfoque do nosso objetivo, temos que separar as crianças que tenham algum grau de doença cardíaca associada e as crianças que não tenham doença cardíaca estrutural, só o fenômeno elétrico, ou seja, a própria atividade cardíaca.
Devemos observar também quais crianças apresentam a documentação clínica e eletrocardiográfica da arritmia cardíaca e aquelas que não apresentam. Isso torna nossa pesquisa um pouco mais laboriosa.
A partir do momento em que, na sua grande maioria, o eletrocardiograma ou outros exames complementares, de um modo geral, são normais, alguns aspectos clínicos e eletrocardiográficos chamam a atenção dos profissionais que lidam com isso, especialmente o obstetra.
Cabe informar a vocês que a arritmia cardíaca na infância começa entre o útero e o primeiro a fazer esse diagnóstico é o obstetra, que precisa estar orientado para os aspectos arrítmicos imediatamente após o parto. A partir daí, é encaminhado ao cardiologista pediátrico, que tem sua especialização em ecocardiografia fetal, um exame ultrassom que é capaz de diagnosticar todas as arritmias cardíacas, sem exceção, intrauterinas.
Nessa cadeia, o próximo profissional é o pediatra na sala de parto, que também tem que estar orientado para os aspectos arrítmicos imediatamente após o parto. Em seguida, vem o pediatra, e finalmente, chegamos a nós, os cardiologistas que nos dedicamos especificamente à arritmia cardíaca, em especial, nessa população que é a população pediátrica.
Fonte: Arritmia na Infância – INTRODUÇÃO por Canal Médico