Mielopatia cervical: causas, sintomas e tratamento

A mielopatia cervical é um problema que afeta a medula espinhal na coluna, na região do pescoço. Ela pode ser causada por diversas razões, mas a mais comum é o envelhecimento da coluna e o estreitamento do canal por onde passa a medula, levando à compressão e ao sofrimento medular, gerando quadros neurológicos.

Esse é o motivo da nossa conversa de hoje. Sou o Dr. Alberto Got Free, médico ortopedista especialista em coluna. Este é o meu canal, e toda quinta-feira publicamos conteúdo novo sobre a coluna vertebral. Então, se inscreva, acompanhe e receba as notificações sempre que um artigo novo e um vídeo forem publicados.

Hoje vou falar sobre um caso que vou operar no final do dia. Trata-se de uma cirurgia longa e complexa, mais do que a cirurgia de hérnia de disco lombar ou doenças do canal lombar. A mielopatia cervical espondilótica é o termo que usamos para descrever o problema. Mielo é a doença da medula cervical, que é a região do pescoço, e espondilótica é o desgaste ou envelhecimento da coluna.

Para simplificar, podemos dizer que bicos de papagaio, hérnia de disco ou espessamento ligamentar promovem o estreitamento dos canais centrais da medula, e a medula começa a sofrer. Os sintomas da mielopatia cervical são variados e podem incluir dificuldade para a marcha, incoordenação motora tanto nos braços quanto nas pernas, formigamentos nos braços e nas pernas, perda de força, entre outros. Esses sintomas tendem a piorar ao longo do tempo, e a pessoa pode perder a capacidade de caminhar.

A cirurgia é o tratamento predominante para a mielopatia cervical. Uma vez diagnosticado o problema por meio de exames de imagem, como a ressonância magnética, que comprova o sofrimento da medula, o tratamento cirúrgico é indicado. Ele serve para desobstruir o canal, descomprimir os nervos e, em alguns casos, estabilizar a coluna fazendo artrodese.

A laminoplastia cervical é uma cirurgia que pode remodelar o canal sem a necessidade de fixar uma vértebra na outra, mantendo a mobilidade. Entretanto, ela é indicada somente para alguns pacientes que apresentam condições anatômicas locais adequadas.

Após a cirurgia, espera-se uma melhora nos sintomas neurológicos, embora muitas vezes essa melhora seja parcial. Mas a cirurgia consegue interromper a progressão da doença e eliminar o risco de piorar o quadro neurológico. O risco de não operar oferece mais riscos do que a própria cirurgia na coluna cervical.

Espero ter esclarecido as principais dúvidas sobre mielopatia cervical. Nos vemos na próxima semana!

Fonte: Mielopatia cervical: Tudo o que você precisa saber, sintomas e cirurgia. por Alberto Gotfryd