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Marco Antônio: história de um paciente com Leucemia Linfoide Crônica


importante para nossa evolução como seres humanos.
Olá, meu nome é Marco e tenho 55 anos. Fui diagnosticado com a leucemia linfocítica crônica (LLC) em 2007. Em relação aos sintomas, eu tive muitas feridas no corpo, emagreci demais e cheguei a pesar 45kg. Eu tinha aproximadamente 1,80m e usava roupas longas e boné para esconder meu rosto. Tive febre e meu corpo foi preenchido com nódulos, mais de 40 ao todo, no pescoço, na virilha, embaixo do braço, entre outros lugares. Fiz diversas biópsias, mas ainda assim não havia um diagnóstico certo para a minha doença.
Passei por vários hospitais, inclusive fiquei internado em Santa Catarina, mas sem sucesso em descobrir a minha doença. Após ficar internado, comecei a passar por vários médicos e fazer mais exames. Finalmente, em 2008, o Dr. Flávio, médico de Osasco, diagnosticou a minha leucemia.
Naquele momento, iniciou uma nova jornada na minha vida. Antes de começar a quimioterapia, tive que fazer diversos exames, como biópsia de medula óssea, mielograma, entre outros, algo tão terrível quanto os sintomas da doença.
A quimioterapia durou seis meses, e eu tomava o medicamento Mabthera uma vez por mês, com três aplicações. Esse período foi muito complicado, pois eu vomitava demais e não conseguia comer. Eu vomitava aproximadamente cinco a seis vezes depois de cada refeição, o que totalizava 15 a 18 vezes por dia. Era muito difícil, mas eu tive o apoio da Abrale, de diversos médicos e, principalmente, da minha família, que me ajudaram a passar por esse momento difícil.
Eu gostaria de reforçar que, se você está passando por algo semelhante, não desanime. É difícil, porém, é possível superar essa fase. Em 2021, já se passaram 13 anos desde que fui diagnosticado, e, desde então, estou em remissão, sem a necessidade de fazer outro tratamento.
A minha história foi um despertar para a vida. Antes da minha doença, eu estava muito ligado ao trabalho, mas agora tenho mais tranquilidade e não me preocupo tanto. A doença mudou a minha vida, mas não me impediu de continuar fazendo o que eu gosto, seguindo em frente e dando valor para as coisas mais simples da vida.
Aproveite cada momento e dê valor para as pessoas que estão ao seu redor. Seja amigável e não tenha medo de repensar a sua vida. A pandemia que estamos vivendo pode ser uma oportunidade para isso. Lembre-se, o presente é o que realmente importa e o futuro a Deus pertence.
Fonte: História do Marco Antônio, paciente de Leucemia Linfoide Crônica por ABRALE Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia