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Intoxicação alimentar: sintomas, prevenção e tratamento


Você já teve uma forte dor de barriga e ficou na dúvida se foi alguma coisa que você comeu? Já ouviu falar de intoxicação alimentar? Preste atenção nesse vídeo, é disso que vou falar!
Intoxicação alimentar, também conhecida no meio médico como Jeca gastroenterocolite aguda. A primeira informação que você deve saber é quando suspeitar que está com intoxicação alimentar. Quais são os sintomas?
Os quatro principais sintomas são:
1. Mal-estar, enjoo, sensação de fraqueza;
2. Dor de barriga, que pode ser localizada principalmente na parte de cima da barriga, popularmente conhecida como “boca do estômago” ou difusa por todo o abdômen;
3. Náuseas e vômitos;
4. Diarreia, as fezes ficam amolecidas e o número de vezes que a pessoa vai ao banheiro evacuar aumenta muito. Nos casos mais graves podem ir mais de 10 vezes evacuar, aumentando o risco de desidratação. Pode ocorrer ainda a presença de sangue nas fezes, também indicando gravidade.
Além desses sintomas, pode ocorrer febre com temperaturas acima de 38 graus, calafrios, tonturas e desmaios. O tempo entre o momento da intoxicação e o aparecimento dos sintomas é muito variável, podendo ser horas ou até mesmo dias.
Se tiver com essa suspeita, o que fazer? A resposta principal é hidratação. A maior ameaça que a maioria das intoxicações alimentares dá é a desidratação. As fezes amolecidas presentes na diarreia tiram muito líquido do corpo e daí vem o risco de desidratação. Hidrate-se muito bem com água limpa, sucos e isotônicos, se tiver disponível.
O que você pode comer e o que deve evitar? De preferência, alimentos que você está habituado a comer, principalmente alimentos leves com pouca gordura. Dê preferência a vegetais e carnes refogados, cozidos ou grelhados. Evite comer carnes e vegetais crus. Evite também alimentos que fermentam muito e produzem gases, como leite, alimentos muito doces e bebidas com gás, como refrigerantes.
E quando você deve procurar ajuda médica? Se tiver sinais de desidratação com pressão baixa, tontura, desmaios. Náuseas e vômitos frequentes, de tal forma que a pessoa não consegue tomar líquidos para se hidratar, nem as medicações que logo vomita. Tem que procurar o pronto-socorro para hidratação com soro pela veia. Febre alta, diarreia muito intensa ou com sangue, entre outros sintomas.
Na prática, sempre que houver dúvidas ou sintomas forem muito intensos, é prudente uma avaliação médica. Isto vale para todos, especialmente para as pessoas com menor imunidade, como os imunossuprimidos, gestantes, crianças e idosos. Esses são grupos de risco para desidratação e complicações mais graves de intoxicação alimentar. Nesses casos, a atenção deve ser redobrada e pode ser necessária uma avaliação médica precoce, já no começo dos sintomas.
Entendidos os sintomas, o que fazer diante do problema? Tem mais um ponto que eu acho importante destacar, que é a prevenção. Mas antes de falar sobre isso, eu preciso falar um pouco sobre o que é intoxicação alimentar e quais são as suas causas.
Chamamos de intoxicação alimentar quando a transmissão de alguma doença é por via alimentar ou através da água, ou seja, por alguma coisa que você comeu ou bebeu. Um alimento pode estar contaminado com microrganismos vivos, como vírus, bactérias, fungos ou vermes, que é o que chamamos de infecção alimentar, ou apenas pela toxina produzida pelo microrganismo. Pode estar até contaminado com algum produto químico. Em qualquer um dos casos, o quadro clínico pode ser muito semelhante, o que muda um pouco é que quando existe infecção alimentar, ou seja, quando existe um microorganismo causando um problema, você pode ter febre e calafrios, o que raramente ocorre nos outros casos.
Pensando entre os microrganismos causadores, as diferenças podem ser mais. As infecções bacterianas, normalmente causadas por Salmonella, Typhimurium, Escherichia coli e Staphylococcus, tendem a ser mais intensas, com febre mais alta, mal-estar, maior diarreia profusa, e muitas vezes com sangue. As viroses gastrointestinais podem ser um pouco mais brandas, com febre não tão alta. Os principais vírus são os adenovírus, o norovírus e o rotavírus. Já os parasitas costumam dar um quadro mais brando, muitas vezes arrastado. Os vermes mais comumente envolvidos são a giárdia, ameba e o Strongyloides.
Todos esses microrganismos podem estar presentes nos alimentos e na água contaminada. Então, o que fazer para evitar a intoxicação alimentar? Como prevenir?
Com relação à água: se você sabe que provavelmente está contaminada, deve evitar beber essa água, procurando beber somente água tratada ou água mineral, se não tiver essas opções. O que é muito comum aos ribeirinhos que vivem próximos a rios e usam essa água para beber e cozinhar: você deve tratar essa água antes de consumi-la, filtrando ou fervendo. Essas medidas eliminam uma maior parte dos microrganismos da água, diminuindo muito o risco de contaminação.
No caso dos alimentos, na maioria das vezes não conseguimos identificar se tem algum problema ou não. Acho importante destacar cinco dicas:
1. Lavar com cuidado em água corrente ou mergulhar em solução com hipoclorito de sódio os alimentos que consumimos;
2. Cruz as carnes, ovos, peixes e frutos do mar devem ser consumidos de preferência após cozimento;
3. Tentar evitar leite e derivados não pasteurizados ou frios;
4. Fique atento aos alimentos mal conservados, aqueles que sabemos que apodrecem e degradam rápido e que ficam expostos ao meio ambiente muito tempo, como peixes, frutos do mar, iogurtes e frutas;
5. Lavar sempre as mãos antes de manipular os alimentos e após o uso do banheiro.
Seguindo essas recomendações, a chance de contaminação diminui muito. E é claro, se tiver qualquer suspeita de intoxicação alimentar, siga as instruções que falei nos casos mais graves e procure um serviço médico. Isso pode salvar vidas.
Se tiver interesse, aqui no Doutor Ajuda tem outros vídeos que podem complementar o que foi dito aqui: Diarreia, Verminoses e Como tratar a água. Esse é o objetivo do canal Doutor Ajuda: educação em saúde, informações e saúde e bem-estar confiáveis para você se cuidar melhor.
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Fonte: INTOXICAÇÃO ALIMENTAR: O QUE FAZER? QUAIS OS SINTOMAS? COMO EVITAR? por DOUTOR AJUDA