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Hidromielia e Siringohidromielia na coluna / medula espinhal: causas e tratamentos.


Saudações a todos! Meu nome é José Aelson, médico radiologista e neste vídeo direcionado a profissionais da área de saúde e estudantes, vamos conversar um pouquinho a respeito desta imagem.
Então, temos aqui uma ressonância magnética da medula espinhal, sequência ponderada em T2, porque o líquor está com hipersinal. Temos aqui sagital cervical, sagital da torácica, sagital da lombar e a alteração evidente é este fino traço de personal bem na região central da medula espinhal, tanto na cervical, quanto na torácica, quanto na lombar. Fazendo os cortes axiais, temos aqui um axial da coluna cervical e um oficial da coluna torácica. Evidencia-se esse ponto de hipersinal bem no centro da medula espinhal, significando a hidratação do canal central da medula espinhal.
Observa-se que um quarto histológico normal da medula espinhal, temos então a substância cinzenta, substância branca que na periferia e no centro da medula, um pequeno canal que é o canal central da medula espinhal revestido por epílogo. Em condições normais, na ressonância magnética, nós não identificamos esse canal. Ele é visto muito discretamente, como apenas um pontinho branco bem pequeno. No caso em questão, ele estava dilatado.
Observe aqui nos cortes axiais, a dilatação do canal central da medula espinhal contendo líquor. Aqui, cortes de uma peça na tônica observando a hidratação importante do canal central da medula espinhal.
Então, o diagnóstico neste caso é hidromielia ou syringohydromelia. O que acontece é que quando temos certeza que o que está relatado ao canal central da medula espinhal, podemos chamar de hidromielia. Entretanto, ocasionalmente forma-se cavidade dentro da medula espinhal, mas não no canal central. Então, às vezes o que acontece é uma dilatação de uma cavidade dentro da medula espinhal. Aí, seria denominado syringomyelia. O problema é que a ressonância muitas vezes não tem resolução suficiente para que possamos definir se o que está dilatado é realmente o canal central da medula espinhal ou é uma cavidade adjacente a ele que se formou. Portanto, muitas vezes não temos condições de afirmar se trata de uma hidromielia ou de uma syringomyelia e podemos utilizar o termo genérico global de syringohydromelia.
Observa-se que vários casos de syringohydromelia dormiria todos com cortes sagitais. Aqui, o hipersinal, esse personal, ele tem que ser igual ao líquor. Pode ser uma hidromielia focal, uma syringomyelia focal. Ela pode conter pequenos septos como neste caso. Pode ser muito pequena, pode ser filiforme.
Então, vários casos aí de syringohydromelia. E aqui temos dois detalhes importantes em relação à técnica do exame. Primeiro que temos que fazer cortes axiais na medula inteira. Então, você faz um bloco axial na cervical perpendicular ao eixo maior da CCO da medula espinhal cervical, faz blocos na coluna torácica e na coluna lombar, sempre procurando fazer o corte o mais perpendicular possível em relação àquele segmento da medula espinhal. Por isso fazemos vários blocos e não uma aquisição sobe-cima a baixo.
Outra coisa extremamente importante é que temos que ter pelo menos uma imagem sagital da transição crânio-cervical, porque a syringohydromelia muitas vezes está associada à malformação de Arnold-Chiari, principalmente tipo I. Então, você tem que ver a posição da tonsila cerebelar passando para baixo do forame magno. Portanto, fazendo o diagnóstico de uma malformação de Arnold-Chiari tipo I.
Como sabemos que muitos casos de syringomyelia estão associados à malformação de Arnold-Chiari tipo I, você tem que ter essa imagem. Tem que fazer aí uma imagem muito nítida, muito definida da transição crânio-cervical. Pode ser um T2, pode ser um T1.
Fonte: RM coluna /medula espinhal – Hidromielia – Siringohidromielia por Jezreel