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Entenda a Síndrome de Guillain Barré


Neste vídeo, vamos explicar sobre a Síndrome de Guillain-Barré, suas causas, sintomas e tratamentos.
A síndrome de Guillain-Barré é a maior causa de paralisia flácida generalizada. Trata-se de uma doença autoimune, o que significa que o próprio sistema imunológico é responsável pelo dano às células. A síndrome acomete primordialmente a bainha de mielina, uma estrutura que reveste os neurônios e permite que essas células conduzam impulsos nervosos e se comuniquem com o corpo de forma eficiente.
Por afetar principalmente os nervos periféricos, a Síndrome de Guillain-Barré provoca sintomas iniciais como anestesia, que envolvem a sensação de queimação, formigamento, adormecimento, picadas na pele, além de dores muito intensas. Entretanto, o sinal mais perceptível é a fraqueza progressiva, acometendo membros inferiores, cabeça, tronco e pescoço. A intensidade da fraqueza muscular pode variar de leve até a tetraplegia completa, afetando também a função respiratória.
Normalmente, os sintomas da doença progridem em cerca de duas a quatro semanas, e após essa fase de progressão, geralmente observa-se um platô por vários dias ou semanas, iniciando então uma recuperação gradual das funções motoras que pode durar vários meses.
As causas da doença ainda são desconhecidas, entretanto, ela aparece após geralmente alguma infecção por bactéria ou vírus e mais raramente pode ocorrer após algum procedimento cirúrgico. A teoria é de que ao ser ativado para combater uma infecção, o sistema imunológico do indivíduo se confunde e inicia uma reação exagerada contração nos do próprio corpo.
Apesar de ser uma doença rara, a síndrome tem sido motivo de preocupação atualmente, por ter sido associada à infecção pelo vírus Zika. Uma revisão sistemática realizada por Barba e colaboradores estimou que a prevalência de associação entre o Zika e a síndrome é de um ponto 23 por cento. Os pesquisadores afirmaram que, apesar da baixa estimativa, essa relação não pode ser ignorada, uma vez que os surtos de Zika afetam grande número de indivíduos.
A síndrome de Guillain-Barré é uma condição debilitante com risco de vida, por isso especialmente as mulheres grávidas infectadas por Zika devem ser acompanhadas de perto.
Outra dúvida muito comum em relação à vacinação, apesar de não existir relação alguma entre a vacina e a síndrome, o Ministério da Saúde recomenda que, para a vacina contra influenza, em caso de ocorrência da síndrome de Guillain-Barré no período de até seis semanas após a dose anterior, recomenda-se realizar a avaliação médica sobre o benefício e o risco da vacinação. Algumas vacinas ainda são contraindicadas por indivíduos com quadro neurológico ativo.
Quanto ao tratamento, o protocolo clínico e diretrizes terapêuticas da síndrome de Guillain-Barré prevê o uso de imunoglobulinas humanas ou procedimento de plasmaférese. Apesar de ser considerado o tratamento de escolha, ainda não se sabe ao certo o mecanismo de ação das imunoglobulinas nesse contexto. Já a plasmaférese consiste em uma técnica de depuração extracorpórea do sangue, semelhante à hemodiálise, onde o plasma é filtrado antes de retornar ao corpo.
Fonte: Síndrome de Guillain Barré por CCATES