Como diagnosticar a espondilite anquilosante

A espondilite anquilosante é uma forma de reumatismo inflamatório que ocorre principalmente em pessoas jovens. Saber os sintomas e fazer o diagnóstico precoce é importante para um tratamento adequado. Neste artigo, vamos discutir como diagnosticar a espondilite anquilosante.

Dor lombar inflamatória

O sintoma mais comum da espondilite anquilosante é a dor lombar inflamatória, que se situa na região lombar, jamais inferior da coluna. Essa dor tem um ritmo muito peculiar, é pior após o repouso, ou seja, pela manhã, por exemplo, se a pessoa ficar muito tempo sentada no computador, a dor aparece. Ela melhora com o movimento, com os exercícios ou qualquer tipo de movimentação, caminhada, natação, jogar futebol inclusive, que é comum nas pessoas mais jovens.

Essa dor é de início insidioso, isto é, ela vem acontecendo ao longo do tempo, não é algo que é agudo e se instala num dia que a pessoa se recorde. Essa dor dura mais de três meses para ser chamada de dor lombar inflamatória.

Além da dor lombar, podem existir outros sintomas associados:

Uveíte: inflamação ocular interna
Dor articular periférica: afetando joelhos, tornozelos, quadris, que são as articulações mais afetadas
Psoríase: alguns pacientes com espondilite anquilosante apresentam psoríase cutânea
Doença inflamatória intestinal: como doença de Crohn e retocolite ulcerativa.

Exames laboratoriais e genéticos

Por ser um processo inflamatório, os exames de inflamação como VHS e PCR muitas vezes estão alterados. Além disso, o médico irá pedir um exame genético chamado HLA-B27, que é um marcador que acontece em mais de 90% dos casos de espondilite anquilosante, então existe um forte componente genético nessa doença.

Além disso, muitas vezes existe história familiar de espondilite anquilosante, isto é, os pais, a mãe ou os dois ou algumas pessoas da família apresentam a doença ou tinham dor lombar e não iam ao reumatologista.

Exames de imagem

Tanto as radiografias quanto a tomografia, mas melhor ainda, a ressonância magnética, são os exames preferenciais para demonstrar a inflamação tanto da coluna quanto nas articulações sacroilíacas (essas que lulinha bacia ao final da coluna).

Muitas vezes, a doença é bem inicial e é ideal mesmo que se faça um diagnóstico nas fases bem iniciais porque não há alterações maiores ainda de postura e rigidez, e as pessoas respondem melhor aos agentes biológicos e outros tratamentos nessas circunstâncias.

Conclusão

Os sintomas de dor lombar inflamatória muitas vezes com alterações de artrite são importantes para se chegar ao diagnóstico de espondilite anquilosante. Juntamente com os exames de sangue de laboratório e a ressonância magnética, os médicos conseguem fazer um diagnóstico precoce e iniciar um tratamento adequado.

Fonte: Dor lombar: tenho espondilite anquilosante? por Doutor von Mühlen: um médico para todos!