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Deficiência auditiva vs Surdez: Entenda as Diferenças


Estamos de volta aqui no estúdio da Rede Século 21. Nesse bloco, vamos falar sobre um assunto muito importante: a questão da deficiência auditiva e da surdez. Gostaria de cumprimentá-las e apresentar nossas duas convidadas: Berenice Rodrigues, pedagoga em Libras, e Natália Rodrigues, fonoaudióloga. Agradeço pela gentileza da participação da legenda. Sempre um prazer.
Antes de fazer a primeira pergunta para as meninas, gostaria de compartilhar alguns dados sobre a deficiência auditiva no Brasil. Um pouco mais de 1% da população apresenta algum grau de surdez, e só em Campinas, que fica vizinha a Valinhos, onde está a sede da nossa emissora, são mais de 48 mil pessoas com deficiência auditiva em vários graus.
A primeira coisa que gostaria de esclarecer é a diferença entre surdez e deficiência auditiva. Existem várias abordagens que tentam definir ou diferenciar surdez e deficiência auditiva. Por exemplo, de acordo com a música e a literatura, alguns autores consideram que a surdez é uma característica especial de um grupo e não a tratam como uma deficiência, enquanto outros definem a surdez como a ausência total de audição, enquanto a deficiência auditiva é a perda parcial dessa audição.
É preciso considerar que, dentro de um atendimento ou de uma conversa, o que a pessoa prefere é o que deve ser usado, além do diagnóstico realizado por um médico especializado em otorrinolaringologia.
Berenice é pedagoga em Libras e Natália é fonoaudióloga. Berenice decidiu ingressar nessa área por acaso, após um convite de um casal de surdos para fazer um curso e se apaixonar pela língua. Já Natália, por ser fonoaudióloga, trabalha diretamente com pacientes surdos e com deficiência auditiva.
No Brasil, desde 2010, foi aprovada a Lei da Triagem Auditiva Neonatal, que é a lei do teste da orelhinha. Esse teste é obrigatório para todas as crianças que nascem a partir de 2010. Consequentemente, o diagnóstico deve ser concluído até o terceiro mês de vida da criança, e a partir daí, a família é orientada pelos profissionais, incluindo otorrinolaringologistas e fonoaudiólogos.
Existem algumas abordagens que as famílias podem seguir para o desenvolvimento da criança, sendo as abordagens mais difundidas atualmente o oralismo e o bilinguismo. O oralismo visa fazer com que a criança fale e utilize a leitura labial e a terapia de terapia fonoaudiológica. Em contrapartida, o bilinguismo propõe o uso da primeira língua, no caso o Libras, e a segunda língua, a língua portuguesa.
Vale ressaltar que existem perdas auditivas transitórias e permanentes, e que existem tratamentos que podem reverter algumas situações.
Esperamos ter esclarecido algumas dúvidas sobre a deficiência auditiva e a surdez. Gostaríamos de agradecer a Berenice e Natália por compartilharem seus conhecimentos conosco. Em breve, responderemos às perguntas dos nossos telespectadores.
Fonte: Diferença entre deficiência auditiva e surdez – Berenice e Natália – 24/07/2018 – Bloco 01 por RedeSeculo21