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Conheça os 5 tipos de endocardite clínica.

Olá, pessoal! Esse é o primeiro programa da Média de 2018 e eu gostaria de começar pedindo desculpas por não ter lançado o vídeo na segunda-feira, dia 8 de janeiro, como é de costume. Tivemos contratempos e só agora pude lançar o vídeo. Para compensá-los, vamos lançar dois vídeos da média esta semana, um na segunda-feira, dia 8, e outro na segunda-feira seguinte, dia 15. O assunto que escolhemos para começar o ano é a endocardite infecciosa e escolhi cinco perfis clínicos importantes para explicar para vocês.

A endocardite infecciosa é uma infecção que afeta o tecido que reveste o coração, ou seja, o endocárdio. Ela é diagnosticada através dos Critérios de Duke, que exigem critérios maiores e menores. Neste vídeo, vou falar apenas dos critérios maiores, que são cultura positiva para microrganismos típicos de endocardite, com o mínimo de duas amostras, e presença de vegetação valvar evidenciada em ecocardiograma. Vale lembrar que a endocardite é clínica e variável, dependendo do perfil clínico do paciente e do micro-organismo responsável.

O primeiro perfil clínico que vou mostrar é aquele paciente com válvula nativa. Ele nunca fez troca valvar e nunca teve nenhuma prótese valvar implantada. O agente causador mais comum de endocardite nesses pacientes é o Streptococcus viridans e o Streptococcus bovis. Eles são muito sensíveis a vários antibióticos e penicilinas são as drogas de escolha para tratar esse tipo de paciente.

O segundo perfil clínico é aquele paciente que tem uma prótese valvar com menos de 12 meses de implante. Aqui, o agente causador mais comum é o Staphylococcus epidermidis (saco de dormir). Próteses valvares são locais de grande aderência microbiana, o que torna esses pacientes mais susceptíveis a ter endocardite. Nesses casos, vancomicina é uma das drogas de escolha para tratamento.

O terceiro perfil clínico é aquele paciente que tem uma prótese valvar com mais de 12 meses de implante. Aqui, o agente causador mais comum é o Staphylococcus aureus, S. epidermidis, Enterococcus e Streptococcus viridans. Vancomicina, oxacilina, ampicilina e clindamicina são algumas das drogas utilizadas.

O quarto perfil clínico é aquele paciente em quem a cultura é negativa, apesar de haver suspeita de endocardite. Aqui, dois agentes causadores são associados: Coxiella burnetti e Bartonella henselae. A C. burnetti tem relação com a criação de gado bovino e ovino e é uma bactéria transmitida por carrapatos e piolhos. Já B. henselae é associada a pacientes em situação de alta vulnerabilidade social e higiene precária. “);

O quinto perfil clínico é aquele paciente com uma dentição precária e higiene bucal precária. Aqui, o agente causador mais comum é o grupo HACEK. Esses micro-organismos gram-negativos da boca se proliferam em algum acesso infeccioso e conseguem causar endocardite. Pacientes com a condição bucal precária normalmente apresentam evolução aguda, com febre e sopro, e o tratamento é realizado com facilidade com terapia com terceira geração de cefalosporinas ou quinolonas

Para finalizar, quero oferecer um bônus para vocês: uma tabela completa com os 15 principais perfis clínicos associados ao micro-organismo responsável pela endocardite. Ela pode ser muito útil para estudar e diagnosticar essa infecção tão complexa. É só deixar seu e-mail nos comentários que eu mando a tabela para vocês.

Fico por aqui, pessoal! Espero que tenham gostado e que tenha sido útil para vocês. Não se esqueçam de se inscrever no canal e ajudar a divulgá-lo para poder chegar cada vez mais longe. Até o próximo vídeo!

Fonte: 05 perfis clínicos de endocardite por Habmed Cursos