Pular para o conteúdo

Cardiotocografia fetal: Segurança na realização do exame

Cardiotocografia Fetal: Como Realizar o Exame com Segurança

Olá, meu nome é Maria Joana. Este vídeo tem como objetivo falar sobre a cardiotocografia fetal e como realizar este exame com segurança. Este vídeo é uma série de vídeos sobre a cardiotocografia fetal e tem o objetivo de contribuir com os estudantes e profissionais de enfermagem obstétrica.

A cardiotocografia fetal é um exame que avalia o bem estar fetal. É um procedimento não invasivo e também não causa nenhuma dor. Ele vai monitorar a frequência cardíaca fetal durante um período de 20 minutos, que também pode ser estendido até 40 minutos se for necessário.

Aqui está uma gestante já com cintos e com sensores para captar os sons do feto do útero. Um sensor de cima vai captar os sons do útero, e outro de baixo vai captar a frequência cardíaca do feto. A posição da gestante é sempre sentada e ela está bastante confortável.

Bom, então é colocada ao redor do abdômen dois simples elásticos que possuem os sensores. Esses sensores, como eu disse antes, registram a frequência do feto e as contrações do colo do útero. Em gestação múltipla, é utilizado um sensor extra para monitorar cada contração de forma individual. A cardiotocografia fetal pode ser feita anteparto e intraparto. Neste vídeo, eu vou estar falando da anteparto.

Então, é realizada em gestantes que não estão em trabalho de parto ainda e às vezes você vai observar a ocorrência de acelerações da frequência, porque essa aceleração é a resposta de movimentos fetais ou até de uma contração uterina. É também o indicador de bem estar fetal, e isso que se espera também desse resultado.

O registro tem que ser obtido com a gestante em decúbito lateral esquerdo, ou ela tem até a inclinação lateral, de modo que possa evitar a hipotensão supina. A hipotensão supina é uma situação crítica e que pode ocasionar problemas para a gestante e depois, automaticamente, para o feto.

Passo a passo para realizar a cardiotocografia fetal com segurança:

  1. Fazer uma avaliação e identificar fatores de risco na gestante, como patologias e também se ela se alimentou, porque o jejum prolongado também não é interessante nos resultados do exame.
  2. Verificar os sinais vitais, pressão, frequência cardíaca e temperatura da gestante.
  3. A gestante deve esvaziar a bexiga e você deve auxiliá-la a deitar-se no leito, numa posição adequada que a semes sentada e lateralizar para a esquerda, para evitar a síndrome de hipotensão supina. Na impossibilidade da posição, pode-se utilizar o decúbito lateral totalmente.
  4. Realizar a palpação obstétrica para identificar o dorso fetal.
  5. Colocar o tocotransdutor no fundo do útero. Este vai captar as contrações. Neste não usa lubrificação.
  6. Ligar o aparelho e colocar o foco para para localizar.
  7. Colocar o transdutor do plenário e lubrificar com gel. Este vai captar os sons do feto – a frequência cardíaca fetal.
  8. Prender os transdutores com as interrelações. Ficar com delicadeza e também não apertar demais para não fazer desconforto a parto da gestante.
  9. Orientar a gestante para manter essa posição e pressionar o dispositivo do marcador dos movimentos fetais sempre que ela sentir movimentos do feto. Ela deve apertar o botãozinho do dispositivo do marcador DFM.
  10. Iniciar o registro acionando o botão do aparelho. Esse registro vai demorar 20 minutos.
  11. Ao terminar o exame, desligar o aparelho e retirar todos os transdutores, removendo gel. Auxiliar a gestante a se levantar com cuidado de tratar o registro do aparelho e informar a gestante sobre o bem estar fetal para que ela possa ficar tranquila.

Notar todos os dados, como nome da gestante, data, horário, posição que ela estava, sinais vitais antes do exame e a idade gestacional em aparelhos que ele pega regular para anotar esses dados. Eles já saem registrados junto do exame. Também é importante cuidar bem do aparelho e dos transdutores para não danificar esse aparelho.

O que é a síndrome da hipotensão supina? A gente tem atrás do outro a veia cava inferior, que ela vai levar o sangue da pelve e membros inferiores de volta para o coração. Com o decorrer da gestação, o peso do bebê começa a pesar. Quando ela se deita com o abdômen pra cima, o útero vai pressionar essa veia e vai diminuir o fluxo sanguíneo retorno venoso. É como se você estivesse pisando em uma mangueira de água, então você vai interromper o fluxo de água. Aí, nesse caso, o útero está pressionando essa veia cava, e vai interromper o fluxo sanguíneo retorno venoso, e isso vai ocasionar alguns sintomas para a gestante, como mal estar, tontura, náusea, falta de ar e até desmai0.0os. Esse sintoma a gente chama de 60mm de hipotensão supina, que pode ocasionar também a diminuição do fluxo sanguíneo para o bebê e pode ocasionar uma anóxia e depois uma hipóxia fetal.

Veja bem como é importante posicionar bem a gestante para esse exame. Deve-se fazer essa cardiotocografia fetal no último trimestre da gravidez, a partir de 34 semanas, quando o bebê para de mexer e a gestante ela tem relato e está preocupada que o bebê não está mexendo. Com 40 semanas ou mais, para ter certeza de que o feto continua bem, até que se espera que inicie o trabalho de parto, porque muitas vezes se inicia o trabalho de parto após 41 semanas ou 42 semanas. Para tranquilizar a gestante, se a mesma tem algum fator de risco, como a hipertensão, diabetes, cardiopatias, anemias, etc. No caso de bolsa rota antes de 37 semanas de idade gestacional, também é preocupante, então deve-se fazer a cardiotocografia. E quando há suspeita de infecção dentro do saco gestacional que acolhe o feto.

Se você gostou desse vídeo, acesse meu canal, se inscreva para receber outros vídeos. No próximo, eu estarei falando sobre a interpretação do exame de cardiotocografia fetal. Obrigada por assistir aos meus vídeos.

Fonte: Cardiotocografia fetal: como realizar esse exame com segurança. 2o video. #cardiotocografiafetal por Entendendo a enfermagem obstétrica e o parto.