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Carcinoma ductal in situ: desafios no tratamento.


A Dona do Que Tal: Carcinoma Ductal In Situ (CDIS)
O carcinoma ductal in situ (CDIS) é um tipo de câncer de mama que possui particularidades que mereceriam um evento, um congresso só para falar dele. Gravar um vídeo sobre os dilemas do CDIS é tão importante porque as pessoas ficam muito confusas com esse diagnóstico e com as consequências que muitas vezes ele traz no tratamento do câncer de mama.
Eu vou explicar: CDIS é o tipo de câncer de mama que ainda está dentro do ducto e não rompeu a membrana basal que faz com que ele se torne uma doença invasora. Então, ser uma doença invasora significa que ele é capaz de dar metástase, de enviar células para outros órgãos. Quando ele não é invasor, ele ainda está totalmente contido dentro do ducto. Isso significa que uma retirada da dupla dessa lesão com margens livres pode sim promover a cura sem necessidade de quimioterapia.
A questão é que, por ele estar dentro do ducto, muitas vezes ele caminha por uma extensão grande do tecido mamário. Ele se manifesta na mamografia, não é à toa que ela é a parte das vezes por calcificações. E essas calcificações elas podem ser numa extensão de centímetros. Ou seja, é uma doença toda contida dentro do duto.
Diante disso, primeiro, a contra-cento do CDIS é saber se eu tenho uma doença inicial, não invasora, que eu não vou precisar de quimioterapia. Por que tantas vezes eu tenho que tirar a mama? E a resposta é exatamente esta: ele caminha dentro. E aí às vezes pego uma extensão grande demais que impede que a gente preserve a mama.
Muitas vezes, um outro ponto importante do carcinoma ductal in situ é que uma vez que ela tira a mama inteira, fazendo ou não reconstrução, ela não vai precisar de radioterapia. Então, ela seria considerada curada. Mas algumas vezes o oncologista indica a hormonioterapia, seja com Tamoxifeno ou com Anastrozol, dependendo da idade e da indicação dessa hormonioterapia que não é para o tratamento dessa doença que foi retirada, e sim para evitar que ela desenvolva outra doença na outra mama.
É importante que a gente conheça bem o Carcinoma Ductal In Situ até para na hora do rastreio geral, seja com a mamografia, contra a ressonância, a gente compreenda bem quais exames são os melhores para fazer esse diagnóstico e quais as vezes não são tão bons assim.
O carcinoma ductal in situ pode ter uma replicação muito acelerada e às vezes ser de alto grau e crescimento rápido, o que vai aparecer bem claramente na mamografia. Mas ele pode ser também aquele bem lentinho que cresce devagar e se manifesta lentamente. E se confunde muitas vezes com as calcificações categoria 3 que demoram a se desenvolver, e às vezes aquele câncer de mama está crescendo ali lentamente, principalmente na mulher idosa.
Então, a comparação entre as mamografias também é importantíssimo quando a gente fala em CD Yes I. As normas locais secos com cirurgia conservadora, a gente gosta de ter pelo menos ali 2mm de Margem quando vai preservar essa mama diferente da doença invasora que precisa às vezes de 1cm, até mesmo para que a doença não toque na margem onde ela foi retirada justamente porque eventualmente o carcinoma in situ pode ter um comportamento saltatório e aí a observar e isso na lâmina do microscópico.
Ele pode ter uma área que ele não se manifeste logo ao lado uma manifestação. O mais importante é exame de boa qualidade, diagnóstico feito precocemente e a cirurgia mais adequada indicada para cada caso seja do aspecto oncológico.
Muitas vezes, infelizmente, não dá para preservar a mama, mas para isso tem reconstrução, quanto do ponto de vista a adequação das cirurgias para o perfil e a atividade de cada mulher que vai ser submetido ao tratamento.
Fonte: OS DILEMAS DO TRATAMENTO DO CARCINOMA DUCTAL IN SITU por Pedro Maroun