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Atualização no tratamento da bronquiolite infantil com uso de corticoide


Lembrando pessoal que para fazer o diagnóstico é necessário que nos baseemos na clínica, tanto para bronquiolite quanto para pneumonia. O diagnóstico é clínico.
Fala meus amigos e minhas amigas se você trabalha com pacientes da Pediatria, temos uma atualização que é necessário que você saiba. Se você é médico, presta atenção nesse vídeo, porque algumas condutas em relação a bronquiolite mudaram, e a gente estava conversando hoje no grupo da pós-graduação com um colega que pegou uma paciente com a suspeita de bronquiolite. Eu vou mostrar esse caso para você, e a gente vai falar sobre essas mudanças que aconteceram no tratamento e manejo da bronquiolite.
Lembrando que se você é médico ou médica, já se inscreva no nosso canal, porque estamos sempre trazendo as atualizações fundamentadas nesses temas da Medicina. Então vamos ao caso, preste atenção: O colega trouxe aqui: “Estou com um bebê de 45 dias com um quadro de dispneia, tiragem intercostal, esforço respiratório, chegou saturando, chegou desaturando com 95%, ausculta pulmonar com sibilos e estertores. Informações importantíssimas, iniciado ampicilina e fazendo hidrocortisona sem e salbutamol. Assumiu o plantão agora, segue em anexo a radiografia de tórax”.
Então pessoal, eu já quero trazer aqui algumas análises em relação ao manejo de um paciente pediátrico com a suspeita já de acometimento pulmonar. O principal protocolo que a gente vai seguir, quando a gente se depara com um paciente assim, é o Protocolo do EDP. É uma forma fácil e didática, protocolada para você classificar o problema que a criança tem e é muito fácil. Se você vem aqui no Google, né, colocar “Protocolo do EDP”, vamos ver se já aparece aqui. Olha, aqui já tá aqui, é o primeiro. É justamente esse documento. E aí, muitos colegas ficam em dúvida, né, no manejo dos acometimentos respiratórios da faixa pediátrica, mas através do EDP é muito tranquilo.
Olha só, você vai simplesmente se atentar para a respiração do paciente, a frequência respiratória. Se o paciente tem de dois meses até menos de 12 meses, de dois meses a um ano, 50 respirações por minuto é o limiar dele. Se tem entre um ano e cinco anos, é 40 respirações por minuto. Então, se tem aumento da frequência respiratória, né, a definição de respiração rápida, se tem respiração rápida, mas sem sibilos, você vai provavelmente tratar uma criança com pneumonia. Se tem respiração rápida e sibilos, você vai levantar a hipótese diagnóstica de bronquiolite.
E aí, voltando para essa questão do colega que ele trouxe, a gente vai conversar sobre as ações que ele fez. Ele solicitou a radiografia de tórax. Vamos ver aqui a radiografia de tórax do paciente. Lembrando pessoal que, para fazer o diagnóstico, a gente tem que se basear na clínica. O paciente tem respiração rápida, você vai puxar para um desses dois diagnósticos. Agora, se o paciente está cianótico ou provavelmente pneumonia. Se ele não está assimilando e tem sinais de infecção, a radiografia de tórax serve mais para encontrar algum tipo de complicação, pneumotórax, um derrame pleural, uma consolidação e também para registrar a entrada da criança no serviço para você ter uma radiografia de controle. Mas o diagnóstico é clínico, atenção.
E aí, ele fez essas condutas, fez suplementação de oxigênio. E aí, ele fez ampicilina, hidrocortisona e salbutamol. E aí que entra a nossa atualização. No primeiro episódio de bronquiolite, da provável bronquiolite do paciente, nós não fazemos mais corticoide. E aí, eu vou trazer para vocês né. Isso é uma mudança. Inclusive, vou mostrar agora. Entramos aqui na nossa referência máxima, o UpToDate, para você ainda que não tem o hábito de usar o UpToDate, porque a nossa referência máxima tá tudo atualizado aqui. Dá para pesquisar até em português que ele dá em inglês. E aí, se a gente vem aqui no sumário, né, nos resume as recomendações.
Quando a gente está falando de bronquiolite grave e é o primeiro episódio do paciente, nós podemos fazer broncodilatadores se é a primeira vez e é uma bronquiolite mais grave. Olha só, é crianças com bronquiolites doenças severas ele fala que você pode tentar fazer broncodilatadores nesses pacientes. Mas olha que interessante, pessoal. Nós sugerimos não administrar rotineiramente corticoides inalatórios, tanto o álbuterol quanto corticoide inalatório para crianças com o primeiro episódio de bronquiolite. Ele só abre a exceção aqui para uma doença grave. Então, mesmo na bronquiolite leve, nós não iremos fazer broncodilatadores. E ele coloca aqui como opção até a própria epinefrina, tá dando o primeiro a escolha aí pro álbuterol, pro salbutamol, enfim. É a primeira mudança que eu quero que você grave.
A segunda mudança: nós não recomendamos usar glicocorticoide e corticoide sistêmicos rotineiramente para o tratamento de pacientes previamente sadios com o primeiro episódio de bronquiolite, é grau um A. Então, é muito atenção em relação a isso. Não vamos fazer Broncos de Natação se o paciente tem uma doença leve/moderada, só na doença grave. E nós não vamos fazer corticoide em nenhuma nenhum tipo de doença leve/moderada ou grave.
Ele também fala que não fazer soro fisiológico hipertônico nem e-leox. Então, essas mudanças são muito importantes porque antigamente a gente fazia broncodilatação de rotina para bronquiolite, corticoide terapia de rotina para bronquiolite, e agora tem essa mudança. Eu quero que você leve isso, eu quero que você guarde essa informação, porque é super importante. A gente, além de estudar, não adianta só estudar e decorar aquela informação, e você achar que tá resolvido. A Medicina é dinâmica, meus amigos, cada vez mais temos estudos saindo, e nós precisamos nos atualizar.
Então, é algo que é muito importante um bom médico manter-se atualizado, e é por isso que nós temos o nosso grupo de pós-graduação para sempre trazer evidências científicas. Se você achou interessante esse vídeo, deixe o seu like, se inscreva no nosso canal, e também se você quiser entrar na nossa pós-graduação. Vamos colocar um QR Code aqui, link na bio e no primeiro comentário também, para o meu site. Maravilha, grande abraço do seu amigo Tiago e até a próxima. Tchau.
Fonte: BRONQUIOLITE infantil: atualização e o uso de corticoide por Thiago C Amorim