Pular para o conteúdo

Trombofilia: entenda sobre a doença do sangue que causa trombose

  • por
  • posts

Olá, sou a Dra. Alexandra Matos, cirurgiã vascular do Instituto Amato, e hoje vou falar sobre trombofilias. Aquelas doenças do sangue que acabam levando à trombose. Antes de começarmos, gostaria de pedir um favor para você. Para manter nosso canal funcionando, clique no link abaixo para se inscrever e clique no sininho para receber notificações. Assim, poderemos continuar fazendo esses vídeos e ajudando todo mundo.

Mas vamos falar sobre trombofilia. A trombofilia é a propensão que as pessoas têm de desenvolver uma trombose. Essas trombofilias podem ser doenças do sangue adquiridas ou genéticas congênitas, ou seja, você nasceu com elas. As adquiridas são aquelas que você desenvolveu durante a vida, que antes não existiam, mas algo desencadeou a trombofilia. A trombofilia, em si, é apenas o aumento do risco de desenvolver uma trombose, ainda não sendo uma trombose propriamente dita.

O que acontece é que muitas vezes a trombofilia só é descoberta depois que a trombose ocorre. O paciente tem uma trombose, vai ao cirurgião vascular, faz o tratamento e, durante a investigação da causa, descobre-se a trombofilia. Essa trombofilia pode ser uma doença do sangue genética ou adquirida. Nesse caso, o tratamento é feito para a trombose, e não necessariamente para a trombofilia em si.

No entanto, há casos em que é necessário o tratamento da trombofilia após o tratamento da trombose. Isso vai depender do tipo de trombofilia presente. Existem trombofilias mais leves, que normalmente não exigem um tratamento posterior, mas apenas a adoção de medidas para evitar fatores de risco. Por exemplo, em procedimentos médicos ou viagens de avião, é recomendado o uso de meias elásticas para evitar a trombose.

Já as trombofilias mais graves podem exigir um tratamento prolongado para prevenir a trombose. Se houver apenas um evento trombótico, o tratamento será por um período determinado. No entanto, se houver mais de um evento trombótico, esse período pode se estender. A grande questão aqui é quando invertemos a ordem: fazer o diagnóstico da trombofilia antes de ter uma trombose.

Isso pode ser um problema, pois pode levar ao sobre diagnóstico, ou seja, descobrir mais sobre a sua saúde e acabar fazendo um tratamento desnecessário. Nem todas as pessoas que têm uma trombofilia vão desenvolver uma trombose. Por exemplo, cerca de 5% da população tem o fator 5 de Leiden heterozigoto, mas isso não significa que todos eles terão trombose. Se tratarmos todos esses pacientes com anticoagulantes, uma porcentagem muito alta pode ter complicações devido ao tratamento, como sangramentos.

Portanto, não faz sentido tratar alguém que não necessariamente desenvolverá uma trombose. Para quem já teve uma trombose, é importante saber se tem ou não uma trombofilia, pois isso pode influenciar o tratamento. Já para quem não teve nenhum evento, saber se tem uma trombofilia pode ser apenas uma preocupação a mais, pois pode não desenvolver nada ao longo da vida.

Muitas trombofilias são congênitas e genéticas, principalmente aquelas que têm tratamento mais complicado. Por isso, é importante conversar com seu cirurgião vascular ou hematologista para entender melhor seu caso e tomar decisões baseadas em informações corretas.

Gostou do nosso vídeo? Compartilhe com outras pessoas e até o próximo!

Fonte: Trombofilia: doença do sangue que causa trombose por Amato – Instituto de Medicina Avançada