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Troca de Válvula Aórtica: Escolha entre uma Válvula Metálica ou Biológica

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A minha escolha de válvula cardíaca: biológica ou metálica?

Olá amigos, quase um ano se passou desde a minha cirurgia de troca de válvula aórtica, que fiz em seis de agosto do ano passado, em 2019. Hoje, eu gostaria de falar sobre qual válvula eu escolhi e por que essa foi a melhor opção para mim. Além disso, vou contar como tem sido conviver com a minha escolha.

Para esclarecer, como vocês já devem ter pesquisado antes de assistir a este vídeo, temos basicamente dois tipos de válvulas disponíveis no mercado: a válvula biológica, feita com material bovino, e a válvula metálica, feita de metal.

O que eu vou falar aqui é baseado na minha própria experiência. Ouvi a opinião de médicos, mas também conversei com outros pacientes que utilizaram tanto a válvula biológica quanto a metálica. Tive essa oportunidade mesmo em um período muito complicado no hospital, onde pude conhecer pessoas com diversas situações, algumas delas bem mais difíceis do que a minha. Então, o que vou falar nesse vídeo é baseado na opinião dos médicos que me orientaram no processo cirúrgico, assim como nos relatos dos pacientes com quem conversei no Hospital do Coração de Messejana, em Fortaleza, no Ceará.

Válvula Metálica

A válvula metálica possui alguns pontos positivos. Em primeiro lugar, ela dura em média 30 anos na grande maioria dos casos. Isso significa que, uma vez colocada, você não precisa mais trocar essa válvula. No entanto, é necessário tomar anticoagulantes, como a varfarina (Marevan), para evitar a formação de coágulos que possam entrar em contato com a válvula metálica. Isso implica em fazer exames regularmente para controlar a coagulação do sangue. No início, fazia o exame toda semana, mas atualmente faço mensalmente, já que já estabilizei a minha dosagem. O custo do exame varia entre R$15 e R$20, em média. O uso de anticoagulantes pode complicar outros procedimentos, como extração de dentes ou outras cirurgias, pois o sangue perde a capacidade normal de coagulação, ficando extremamente fino.

Válvula Biológica

A válvula biológica não requer o uso de medicamentos anticoagulantes. Por esse motivo, não é necessário fazer o controle da coagulação do sangue regularmente ou viver com o medo de tomar o anticoagulante pelo resto da vida. No entanto, a válvula biológica tem uma duração média de cerca de 20 anos. Após esse período, a chance de precisar fazer uma nova cirurgia, mais complicada, como a de troca de válvula com peito aberto, aumenta consideravelmente.

Minha Escolha

Antes de fazer a minha escolha, conversei com muitos pacientes que optaram pela válvula biológica. A maioria deles já era mais velha e não queria passar por outra cirurgia no futuro. Por outro lado, também conversei com pacientes que utilizavam a válvula metálica e estavam convivendo bem com ela. Com base nessas conversas e na minha idade, decidi escolher a válvula metálica.

Embora tenha que tomar anticoagulantes diariamente, ter um controle de exames regular e planejar alguns procedimentos com antecedência, como extração de dentes, por exemplo, eu convivo bem com a minha válvula metálica. No entanto, é importante ressaltar que cada pessoa tem seus prós e contras e a escolha deve ser feita com base na situação individual.

Espero que eu tenha ajudado vocês a entenderem um pouco mais sobre essas duas opções de válvulas cardíacas. Se tiverem alguma pergunta, deixem nos comentários que eu sempre respondo. Grande abraço e até o próximo vídeo!

Fonte: Minha cirurgia de Troca de Válvula Aórtica – Metálica ou Biológica? por Professor Carlos Pereira