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Traumas de infância: como identificar e lidar com eles | Anahy D’Amico

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Oi oi gente, tudo bem? Estamos voltando aqui para falar sobre os traumas da infância e como eles podem afetar a vida adulta. As crianças são como esponjas, absorvendo tudo o que acontece ao seu redor, tanto o positivo quanto o negativo. Essas experiências moldam quem ela será quando adulta.
Dependendo das experiências vividas na infância, da criação que ela teve e dos conflitos aos quais foi exposta, uma criança pode adquirir traumas que geram emoções fortes. Se essas emoções não forem devidamente processadas e acalmadas nessa fase, elas ficam aprisionadas dentro da criança, que não sabe lidar com elas e não possui as ferramentas psíquicas e emocionais necessárias para lidar com certos processos e acontecimentos. Assim, a criança acaba se formando com dores, mágoas e traumas que se tornam gatilhos na vida adulta.
Essas feridas da infância continuam machucando na vida adulta, e isso fica evidente quando existem dificuldades para confiar em si mesmo, nos outros e nos relacionamentos. Além disso, essas feridas podem se manifestar em sabotagens nas atividades profissionais, entre outros aspectos da vida adulta.
Uma das feridas mais comuns é o medo de ser abandonado. Crianças negligenciadas ou abandonadas podem desenvolver esse medo ao longo da vida, sentindo-se solitárias e abandonadas quando não estão fisicamente perto das pessoas que amam. É importante entender que a solidão é necessária e nem sempre quem amamos estará ao nosso lado o tempo todo. Lidar com esse sentimento é fundamental para não nos tornarmos dependentes emocionais.
Outra ferida é a rejeição, o medo de ser rejeitado. Quando um bebê não é desejado ou quando suas palavras e ações são tratadas como sem importância, a pessoa pode carregar a ferida da rejeição e se sentir sem valor. Isso pode fazer com que ela não acredite em seu próprio valor e evite relacionamentos amorosos, se mantendo sempre isolada.
A humilhação também é uma ferida da infância que pode continuar machucando na vida adulta. Quando a criança se sente humilhada publicamente, seja pela exposição feita pelos pais ou pela comparação negativa com outras crianças, ela se sente rebaixada e pode desenvolver a tendência de se humilhar ou humilhar os outros como uma forma de defesa.
A injustiça também pode gerar feridas na infância que persistem na vida adulta. Crianças que são tratadas de forma injusta, seja por expectativas excessivas ou por diferenças de tratamento em relação aos irmãos, podem desenvolver sentimentos de raiva, impotência e inutilidade. Essas feridas podem levar a comportamentos perfeccionistas e autoritários.
A ferida da traição também pode estar presente na infância, causando a falta de confiança nas relações. Promessas não cumpridas geram desconfiança permanente e podem levar ao controle excessivo por parte do adulto para evitar ser traído novamente. Isso dificulta a capacidade de confiar nas pessoas e construir relacionamentos saudáveis.
Para se curar das feridas da infância, é importante reconhecê-las e aceitá-las. Isso pode ser feito através da terapia, onde você pode se conhecer melhor, entender como você reage negativamente em certas situações e encontrar formas de cura. Perdoar os pais também pode ser parte desse processo, pois muitas vezes eles erraram sem ter consciência do impacto de seus atos.
Fazer uma retrospectiva e identificar os traumas da infância é fundamental para buscar ajuda e iniciar o processo de cura. Profissionais da psicologia podem auxiliar nesse processo, ajudando a melhorar o presente e quebrar o ciclo vicioso de repetir os mesmos padrões de comportamento. É importante expressar suas emoções e dar nome a elas, o que facilita a identificação dos gatilhos emocionais.
Em resumo, reconhecer e aceitar as feridas da infância, buscar ajuda profissional e criar estratégias de cura são passos fundamentais para superar os traumas e construir uma vida adulta mais saudável e equilibrada.
Fonte: COMO IDENTIFICAR E LIDAR COM OS TRAUMAS DE INFÂNCIA? | ANAHY D’AMICO por Papo com Anahy D’Amico