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Transtorno bipolar: Descoberta e tratamento eficaz

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Transtorno Bipolar – Meu Relato

Olá pessoal, sejam bem-vindos ao meu canal! Mais um vídeo aqui para o canal, e nesse vídeo de hoje eu quero estar conversando com vocês, abrindo meu coração para vocês também, né? O motivo do meu sumiço essa semana é porque ainda não estou postando nenhum vídeo, pois muita coisa está acontecendo. E uma delas, como já sabem pelo título do vídeo, é que vou estar falando com vocês sobre o meu transtorno bipolar.

Bom, eu nunca falei sobre isso aqui no canal por medo e vergonha, também pelo fato de ter muito preconceito das pessoas que têm pouca informação sobre esse assunto e já julgam de uma maneira bem rude, bem cruel. Já ouvi muita coisa, estou ouvindo muita coisa, mas hoje estou com mais propriedade para falar, hoje tenho mais certeza do que tenho.

Então, para vocês aqui, esse vídeo vai ser um pouco informativo, né, para vocês saberem um pouquinho. Fui diagnosticado com transtorno bipolar quando eu tinha 15 anos. E gente, transtorno bipolar não tem uma causa específica, mas tem fatores que podem desencadear o transtorno bipolar na vida de uma pessoa. Fatores genéticos, pode ter alguém da família que tem transtorno bipolar ou depressão profunda ou algum tipo de outra doença mental. Pode ser fatores como um estresse muito elevado ou um trauma, que no meu caso foi o que aconteceu. Foram coisas que aconteceram lá atrás, na minha infância, na minha adolescência, e assim de alguma forma eu tento lidar da melhor forma possível.

Eu comecei o tratamento porque não sou muito bipolar, mas o que é que é né? O transtorno pode todo mundo ter mudanças de humor. E o que eu mais vejo são pessoas sem conhecimento sobre o transtorno bipolar e que tem uma opinião sobre isso. São pessoas que brincam com esse termo “transtorno bipolar” para coisas tão fúteis. Se as pessoas não têm a mínima noção do que estão falando, quais são os sintomas do transtorno bipolar?

A variação de humor é grande. Eu acordo muito agitado, muito feliz, e do nada eu estou muito triste, com uma depressão profunda. São níveis picos muito elevados. Muito tudo, para mais e para menos. E tem a questão da hipomania e da mania. A hipomania é quando a gente está muito agitado, muito alerta, querendo fazer várias coisas ao mesmo tempo. E no outro dia está super normal. E a mania é um alto nível de euforia. A mania é quando a gente tá tipo assim, muita coisa tá acontecendo, você consegue fazer muita coisa. Eu já fiquei, por exemplo, duas noites direto sem dormir, muito agitado, muito alerta, querendo fazer várias coisas ao mesmo tempo. E no outro dia está super normal. E isso é diferente das pessoas que têm depressão. Muitas vezes, as pessoas têm depressão, elas têm insônia, e quando elas têm insônia, elas no outro dia se sentem um lixo. Não conseguem fazer nada, não conseguem ser produtivas, ficam cansadas. E o bipolar não, eu fico sem dormir e tá tudo ok.

Então, no estado de mania/hipomania, a gente fica no pico muito elevado de agitação, falamos alto, pensamentos acelerados. Eu já tive muitos pensamentos acelerados. Por um lado, bom, não no lado bom, mas no lado que eu sou utilizable da melhor forma, pensamento acelerado foi uma questão de matérias da minha faculdade. Eu pegava apostilas em um dia e lia muito rápido, absorvia aquilo ali muito rápido, sabe? Eu posso fazer minha caminhada, eu posso correr, eu posso fazer o que for, eu não vou ficar cansado, eu não vou ficar deprimido. Esse é o nível do bipolar. E acontece a virada dessa mania para a hipomania, aí vem a virada. O humor muda, o humor já cai direto na depressão profunda. E aí também tá o perigo, porque na depressão eu não como nada, não sinto vontade de fazer nada, e aí vêm muitos pensamentos.

Quem não sabe, eles não têm um equilíbrio para isso. Então, quando a gente está feliz, a gente tá muito agitado, tá muito alerta. E quando a gente está triste, a gente fica muito triste, mesmo, numa depressão profunda. É horrível, o dia parece que não acaba nunca, é uma agonia, uma tristeza, um desânimo. Nossa, é muito ruim, é muito pior. Eu custo a sair desse estado, é muito difícil. São dias, dias e dias no mesmo estágio, e me prejudica muito.

O que acontece é que nossos neurônios estão agitados em conflitos, e a mulher que mantém os hormônios estão assim fora do normal, fora do comum. Então, a gente não consegue controlar sozinho as nossas emoções, mas é aí que entra o tratamento.

Para as pessoas que têm transtorno bipolar, quem tem a condição, não pode tomar antidepressivos, porque a gente fica pior. Porque não estamos tratando a depressão, porque tem a virada de humor. Se você trata a depressão na hora que vira, o medicamento antidepressivo vai te deixar pior do que você já está.

Dos 15 aos 18 anos, eu fui fazendo terapia com psicóloga e tomando os medicamentos em casa. E assim me adaptei bem, foi muito bom, quando eles viram que eu estava bem, os médicos em que eu estava, tudo bem, eles resolveram suspender o medicamento, porque eu já estava ficando de maior. Enfim, porque eles acharam que a minha bipolaridade poderia ser uma coisa assim de fase, de transição da adolescência para a vida adulta.

Mas aí, hoje, eu tenho 23 anos, e há 20 dias atrás eu cheguei no meu limite. Eu cheguei no estado em que eu reconheci que eu não estava bem e resolvi procurar ajuda. E novamente eles constataram o transtorno bipolar. Ou seja, o transtorno bipolar faz parte da minha identidade, faz parte da minha personalidade. Não tem como mudar isso, não tem cura, mas tem tratamento. E há uns 20 dias eu comecei a tomar outro medicamento, porque eu não estava dormindo, estava comendo muito, e eu estava naquele estado de euforia, era um monte de coisa, era muito louco. Eu precisava desligar. E hoje estou bem, porque o remédio, ele não é antidepressivo como eu disse, é um estabilizador de humor. Os neurônios são preservados, não morrem, para manter um equilíbrio no meu humor e nas minhas atividades diárias. Então, o remédio vai fazer com que a gente fique estabilizado, que a gente fique bem. E é isso que esses dias eu estou me tratando, estou me cuidando. E não é fácil admitir que você tem isso e assumir para as pessoas. Por isso que eu não fiz vídeos antes para explicar para vocês, porque eu sei que muita gente não vai entender, e estou ouvindo muita coisa. Mas agora estou assim, tem gente que precisa, esse vídeo é importante para que as pessoas precisem saber.

Então é isso, espero muito que vocês tenham gostado desse vídeo. Eu vou estar gravando um vídeo, um vlog, mostrando mais ou menos para vocês como está sendo a minha rotina. Então, se você não é inscrito no canal, se inscreve para você não perder os vídeos que vão vir aí. E é isso, deixe seu like, seu comentário, compartilhe esse vídeo. Um beijo e até o próximo vídeo!

Fonte: TRANSTORNO BIPOLAR – DESCOBERTA E TRATAMENTO por Isabela Matusalen