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Staphylococcus: Características e diferenças entre S. epidermidis e S. saprophyticus – Videoaula de Microbiologia com Flavonoide #7

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Vídeo Aula sobre Staphylococcus

Olá, bem-vindos! Finalmente teremos nossa primeira vídeo aula falando sobre infecções patogênicas ou condições de saúde específicas. Hoje vamos falar sobre as bactérias do gênero Staphylococcus, mais especificamente os gram-positivos.

No grupo dos estafilococos gram-positivos, temos dois famosíssimos: Streptococcus e Staphylococcus. Nesta aula, vamos focar nos estafilococos, mais precisamente no Staphylococcus epidermidis e no Staphylococcus saprophyticus.

Antes de começarmos a falar sobre essas duas espécies, é importante entendermos algumas características gerais do gênero Staphylococcus. Os estafilococos são agrupamentos de formato esférico (cocci) e têm parede celular espessa de peptideoglicanos, o que os torna gram-positivos. Além disso, eles não possuem estruturas que lhes permitam locomover como cilios. Sua principal diferenciação em relação aos estreptococos é a presença da enzima catalase, que confere aos estafilococos um superpoder de resistência aos neutrófilos, células de defesa do nosso corpo.

Agora vamos focar no Staphylococcus epidermidis. Essa bactéria também é gram-positiva e difícil de ser visualizada no microscópio, a não ser que tenhamos prática. Ela faz parte da nossa microbiota normal da pele, por isso é importante destacar que não é um patógeno em condições normais. No entanto, quando ela acaba em locais inadequados, principalmente em dispositivos médicos como cateteres intravenosos e implantes protéticos, pode causar infecções. Isso ocorre porque o Staphylococcus epidermidis adora formar biofilmes, que são uma espécie de película protetora para aderir a superfícies e se proteger de nosso sistema imunológico e de antibióticos. Por essa razão, é um dos principais causadores de infecções hospitalares.

Em relação ao tratamento, o Staphylococcus epidermidis é resistente a vários antibióticos, especialmente aqueles que possuem o anel betalactâmico. Além disso, linhagens de S. epidermidis com proteínas de ligação à penicilina modificadas foram identificadas, dificultando ainda mais o tratamento. A vancomicina é o fármaco de escolha para tratar o S. epidermidis, podendo ser associada à rifampicina ou a um aminoglicosídeo. A prevenção é feita por meio de procedimentos assépticos, principalmente a lavagem das mãos.

Vamos agora falar sobre o Staphylococcus saprophyticus. Também é um estafilococo gram-positivo, catalase-positivo, coagulase-negativo e urease-positivo. A diferença entre o S. epidermidis e o S. saprophyticus é que este último é resistente ao antibiótico novobiocina. Esse estafilococo também faz parte da nossa microbiota normal, mas está presente no trato urinário e no períneo das mulheres. Por isso, é responsável por muitas infecções urinárias em mulheres jovens com vida sexual ativa.

A maioria das mulheres que apresentam infecção urinária causada pelo S. saprophyticus teve relação sexual até 24 horas antes dos primeiros sintomas. O tratamento dessa infecção pode ser feito com norfloxacina ou cotrimoxazol. É importante frisar que essa é apenas uma introdução ao tema, e que ao longo das aulas iremos explorar mais detalhes sobre o Staphylococcus aureus e outros agentes patogênicos.

Espero que esta vídeo aula tenha sido útil para vocês. Não esqueçam de deixar o seu like e seguir o canal. E não percam a próxima aula, onde falaremos exclusivamente sobre o Staphylococcus aureus, um verdadeiro caos na terra! Até lá!

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Fonte: STAPHYLOCOCCUS: S. epidermidis e S.saprophyticus | Videoaula | Microbiologia | Flavonoide #7 por Flavonoide