Vamos comentar sobre o que nos faz pensar que o paciente possa ter um câncer de bexiga

Oi gente, me chamo Lucas Felipe Gomes, sou médico urologista da cidade Concórdia do estado de Santa Catarina, e nesse vídeo nós vamos comentar sobre quais os acontecimentos e o que pode haver para fazer pensar o quê que o nosso paciente possa ter um câncer de bexiga.

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A manifestação mais comum do câncer de bexiga é, sem sombra de dúvidas, a presença de sangue na urina. Esse sangue pode aparecer basicamente de duas maneiras: uma hematúria macroscópica ou uma imatura microscópica. Mas o que é isso? A hematúria macroscópica é aquele sangue que você vê ao olho nu, que você enxerga diretamente na urina, enquanto que a imatura microscópica é aquele sangue na urina que é detectável somente quando você realiza o exame de urina, ou seja, só é visualizado a presença de sangue assim que você realiza esse exame específico. Geralmente, a grande parte desses sangramentos, mesmo aqueles sangramentos visíveis, são os sangramentos indolores. O paciente urina sangue e não percebe nenhuma dor naquele momento, não percebe uma ardência, não percebe qualquer tipo de desconforto. Ele observa somente que existe um sangramento na hora de urinar ou cada vez que ele vai realizar um exame de urina aparece continuado. Às vezes, aquele é uma massa, aquela que lhe sangue em todos os exames que ele acaba realizando.

Partindo por esse lado, nós paramos para pensarmos que o nosso paciente possa ter um câncer de bexiga. Além da presença de sangue na urina, que é um dos elementos principais para essa caracterização, nós precisamos fazer um apanhado da história clínica do nosso paciente. O que que esse paciente já passou para nós termos uma suspeita da possibilidade dessa doença?

Começando, nós vamos falar que nós sabemos que pacientes acima dos 55 anos de idade têm um risco maior de desenvolverem câncer de bexiga. Pacientes da raça branca podem ter de uma uma vez e meia duas vezes mais chances de desenvolver câncer de bexiga do que pacientes negros, por exemplo. O histórico principal que vai nos relacionar a isso, sem sombra de dúvidas, é o histórico de tabagismo. O paciente ter fumado por muito tempo e em muita quantidade nos faz pensar sobre a ocorrência maior, sobre a possibilidade aumentada de ter um câncer de bexiga. Exposição a determinadas ocupações, indústrias de solventes e pacientes que tenham trabalhado com tintas por muito tempo, pintores, por exemplo, têm uma possibilidade maior de desenvolver o câncer de bexiga. E não podemos esquecer também nesses casos que pacientes que tenham tido um histórico de uso de alguns quimioterápicos, tais como a ciclofosfamida, ou tenham passado por radioterapia, principalmente na região pélvica, podem desenvolver um risco maior de vir a ter um câncer de bexiga.

Resumindo, todas essas alterações associadas principalmente ao fato da presença do sangue na urina dos nossos pacientes nos faz pensarmos sobre a possibilidade que esse paciente possa sim ter um câncer de bexiga. E muitas vezes a realização de exames de imagem, tais como um ultrassom, como aquela ecografia dos rins e da bexiga, não é suficiente para o diagnóstico desses tumores. É necessário muitas vezes a realização de um exame chamado de cistoscopia, no qual você examina por dentro a bexiga do paciente para detecção de tumores pequenos, tumores em estágio inicial. E não podemos esquecer também que sintomas irritativos e muitas vezes até uma ardência urinária que não é traída, que não melhora nem com o uso de medicamentos, pode nos fazer pensar também no diagnóstico de câncer de bexiga, tumores in situ ou tumores mais superficiais, porque a presença do câncer de bexiga gera uma irritação desse órgão suficiente para causar esses sintomas.

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Fonte: Quais os sintomas de Câncer de Bexiga? por Toque de Urologista