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Síndrome Pós-COVID: Sintomas, Tratamento e Recuperação

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Se você conhece alguém que já teve COVID-19, pode ser que tenha percebido que alguns sintomas persistem mesmo após o término da infecção. Essa condição é conhecida como síndrome pós-COVID. Gostaria de entender melhor o que acontece no corpo após os sintomas agudos passarem e o vírus ser completamente eliminado. Entre as sequelas mais comuns estão as dores intensas no corpo e o cansaço físico e mental, sintomas que levam à Síndrome da Fadiga Crônica.
Mas você sabe o que isso significa? Meu nome é Otávio Melo, sou médico, e hoje estou aqui para te explicar sobre essa síndrome e como lidar com ela.
A síndrome pós-COVID é o nome dado a um estado de saúde com alterações e sintomas que afetam a pessoa de forma crônica após a infecção pelo coronavírus. É uma espécie de complicação causada por modificações metabólicas e sistêmicas que levam a um estado de inflamação difuso. Essa síndrome está relacionada principalmente ao sistema nervoso central, sistema respiratório e sistema locomotor.
No início da pandemia, acreditava-se que o tempo para recuperação da doença levaria cerca de duas a seis semanas, dependendo da gravidade do quadro. Com o passar do tempo, observamos relatos de pacientes com sintomas persistentes, chegando a durar meses ou até mesmo mais de um ano. Apesar do impacto do coronavírus ser mais conhecido nos pulmões, as sequelas no sistema nervoso podem ser até mais graves, pois a capacidade de regeneração de tecido é menor. Além disso, o sistema nervoso é responsável por coordenar todas as funções do nosso corpo.
Acredita-se que os danos não ocorrem por uma ação direta do vírus sobre os nervos, e sim por mecanismos mais indiretos que levam a lesões do sistema nervoso. A produção de anticorpos e substâncias necessárias para combater o vírus durante a infecção pode levar a essas lesões. As principais manifestações dessa síndrome são fadiga intensa, dores crônicas em músculos e articulações, fraqueza muscular, desânimo, dores em queimação, formigamento, câimbras, dormências, dificuldades para respirar, tosse persistente, secreção respiratória e problemas cognitivos, como alterações de memória e estafa mental.
O quadro clínico prolongado pode ser incapacitante e impedir o retorno do paciente às atividades prévias, como trabalho, esporte e até mesmo esforços mais simples do dia a dia. Estima-se que um quarto dos pacientes com COVID-19 possa apresentar a fadiga crônica como sintoma persistente que não desaparece após o repouso.
O diagnóstico da síndrome pós-COVID só pode ser feito por meio de uma avaliação médica especializada. Apenas o profissional capacitado pode diferenciá-la de outras condições semelhantes, como, por exemplo, depressão, sequelas pulmonares, anemias, neuropatias ou outros problemas que podem se manifestar de formas parecidas. E não é apenas os idosos que podem sofrer com esse quadro. Por isso, é importante também ficar atento ao aparecimento dos sintomas em adultos jovens, crianças e adolescentes que tiveram a infecção.
Apesar de mais rara, a chamada síndrome inflamatória multi-sistêmica pediátrica pode gerar consequências neurológicas, cardiovasculares e intestinais graves nessas faixas etárias. Por isso, devemos ficar muito atentos a sintomas como febre alta, manchas ou bolhas na pele e indisposição.
Como é feito o tratamento para evitar que esses sintomas se agravem com o tempo? É necessário que o diagnóstico seja feito o mais precoce possível e que o tratamento para a síndrome de fadiga crônica seja instituído o quanto antes. Isso permite a recuperação precoce das funções físicas e mentais e ajuda a evitar que as sequelas se tornem cada vez mais graves.
Os hábitos alimentares saudáveis, um sono reparador, atividade física orientada, psicoterapia, medicamentos e suplementos são apenas algumas das formas de tratamento que vêm sendo utilizadas como auxílio para acelerar essa recuperação. Além disso, iniciativas internacionais têm promovido a utilização de métodos físicos, como a estimulação magnética localizada e o laser de alta potência, a fim de estimular a regeneração dos tecidos afetados pelas lesões crônicas.
Existem métodos que permitem reverter os sintomas e ativar os mecanismos celulares, como, por exemplo, nas mitocôndrias, que são responsáveis pela produção de energia e pelo combate à fadiga. No entanto, este é um assunto que vamos abordar em outro vídeo que você encontra em nosso canal do YouTube.
Se você tem interesse em saber mais sobre o assunto, entre em contato conosco no Direct, acesse nossas mídias sociais ou se inscreva em nosso canal, Doutor Otávio Melo no YouTube. Obrigado pela sua presença e até o próximo vídeo.
Fonte: SÍNDROME PÓS-COVID por Dr. Otávio Melo Ortopedista