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Síndrome HELLP na gestação: principais sintomas e tratamentos de emergência.

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Síndrome HELLP na Gestação

Olá, eu sou Maria Joana. Sou professora de enfermagem obstétrica. Neste vídeo, vou falar sobre a síndrome HELLP na gestação. Você sabe o que é a síndrome HELLP?

A sigla HELLP é usada para descrever a condição da paciente que está com pré-eclâmpsia grave e que também apresenta além dos sintomas da pré-eclâmpsia, ela apresenta a síndrome HELLP, que é um conjunto de sinais e sintomas de uma complicação no ciclo grávido-puerperal.

O mnemônico HELLP é usado porque:

  • “H” é de hemólise, que é a fragmentação das células do sangue;
  • “EL” é de elevação das enzimas hepáticas;
  • “LP” é de baixa contagem de plaquetas.

É importante lembrar que as plaquetas são células que auxiliam na coagulação sanguínea e por isso um dos sintomas desta síndrome é a hemorragia.

Aproximadamente 8% das gestantes que tiveram pré-eclâmpsia vão sofrer também com a síndrome HELLP. A síndrome HELLP atinge de 0,2% a 0,6% das gestações, portanto, a incidência é alta, mas é bem rara.

O diagnóstico da síndrome HELLP é feito pelo obstetra baseado nos sintomas apresentados pela gestante e nos resultados dos exames laboratoriais. São feitos exames como hemograma para verificar as características das hemácias e a quantidade de plaquetas. Não existem critérios laboratoriais específicos para o diagnóstico da síndrome HELLP, mas há parâmetros de referência utilizados. Por exemplo, a hemólise é evidenciada pelo esfregaço periférico anormal, presença de esquizócitos e células em forma de capacete, além do aumento da bilirrubina sérica.

As enzimas hepáticas também estão elevadas, como por exemplo o TGO que é igual ou maior que 70 U/L e o LDH que é maior que 600 U/L. A contagem de plaquetas tem a referência menor que 100 mil plaquetas por mm³.

A classificação da síndrome HELLP é feita em três classes: classe 1, classe 2 e classe 3. Quando a contagem de plaquetas é menor que 50 mil plaquetas por mm³ ou ocorre um sangramento, deve-se avaliar o fibrinogênio, a protrombina e a tromboplastina para afastar a coagulação intravascular disseminada (CID), que é uma complicação.

Os sintomas desta síndrome incluem dor epigástrica, cefaleia, alterações na pressão arterial, vômitos, náuseas, presença de proteína na urina e icterícia. É importante que gestantes que apresentem sinais e sintomas próximos da síndrome HELLP procurem imediatamente o serviço de pronto-socorro, principalmente aquelas que já são de alto risco e que já tenham pré-eclâmpsia, diabetes gestacional ou qualquer outro problema cardíaco ou renal.

A terapêutica da síndrome HELLP tem como objetivos estabilizar a gestante, avaliar o feto, determinar o momento adequado para o parto, realizar monitorização contínua e tratamento durante o período de maior risco, incluindo os primeiros dias do pós-parto. O tratamento é sempre hospitalar e vai depender da idade gestacional.

Após as 34 semanas, o obstetra pode optar por realizar o parto para evitar piores danos na gestante e sofrimento do feto. Nesse caso, o feto provavelmente será encaminhado para a UTI Neonatal, pois ainda é considerado prematuro. Quando a idade gestacional é menor que 34 semanas, é adotada uma conduta expectante, mas são feitos corticoides para o desenvolvimento do pulmão do feto e para evitar problemas respiratórios.

É importante que a gestante esteja em uma UTI para que o obstetra possa avaliar constantemente a evolução da gestação e indicar o melhor momento para o parto. Na UTI, é necessário realizar o atendimento de emergência, que inclui monitorização dos sinais vitais, monitorização do feto, oxigenação e acesso venoso para administração de medicamentos.

Essa terapia com corticoide é um pouco controversa e precisa ser avaliada caso a caso. A gestante deve seguir as orientações do médico e estar em uma UTI para que o obstetra possa acompanhar constantemente a evolução da gestação.

Essas são algumas informações importantes sobre a síndrome HELLP na gestação. Se você quiser saber mais, consulte a bibliografia utilizada para a realização deste vídeo. E não se esqueça de se inscrever no canal para receber mais vídeos e deixar sugestões nos comentários.

Obrigada e até o próximo vídeo!

Fonte: Síndrome HELLP na gestação. #emergenciaobstetrica. por Profª Maria Joana