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Saiba mais sobre os subtipos do Linfoma não-Hodgkin com o Dr. Celso Massumoto

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Subtipos do Linfoma não Hodgkin

Hoje estamos aqui com o Dr. Celso Massumoto, médico hematologista do Hospital Sírio-Libanês, para falar sobre os subtipos do linfoma não Hodgkin.

O que é linfoma não Hodgkin?

O linfoma não Hodgkin corresponde a um grupo de doenças que engloba mais de 40 tipos diferentes. O termo “não Hodgkin” foi utilizado pela primeira vez para diferenciar o primeiro linfoma descrito na literatura, o linfoma de Hodgkin, dos outros tipos que não se encaixavam nessa classificação. Portanto, esse termo é amplo e inclui uma grande variedade de doenças.

Em termos de números, a incidência total de linfomas não Hodgkin é cerca de 60 mil casos por ano nos Estados Unidos. No Brasil, não temos um número específico, mas podemos estimar que os linfomas não Hodgkin correspondam a aproximadamente 8% dos casos de linfoma. A incidência é de cerca de 20 casos para cada 100 mil habitantes.

Quais são os subtipos do linfoma não Hodgkin?

Existem mais de 40 subtipos de linfoma não Hodgkin. Podemos classificá-los de acordo com o comportamento biológico da doença, em indolentes (crescimento lento) ou agressivos (crescimento rápido), e também de acordo com o tipo histológico, ou seja, características observadas no exame do tecido afetado.

Alguns exemplos de subtipos de linfoma não Hodgkin indolentes são o linfoma folicular, mais comum em pessoas mais idosas, e os linfomas T informe e NK. Já entre os subtipos agressivos, o linfoma difuso de grandes células é o mais frequente.

Como é feito o diagnóstico dos subtipos do linfoma não Hodgkin?

O diagnóstico dos subtipos do linfoma não Hodgkin é feito através da retirada de um pequeno fragmento do linfonodo afetado, que é analisado em laboratório. Além disso, hoje em dia também utilizamos testes moleculares para identificar as alterações genéticas específicas que estão ocorrendo naquela célula doente.

Qual é o tratamento para cada subtipo do linfoma não Hodgkin?

O tratamento para cada subtipo do linfoma não Hodgkin precisa ser individualizado, levando em consideração o comportamento biológico da doença e o tipo histológico. Os linfomas indolentes têm um crescimento mais lento, portanto, o tratamento pode ser mais conservador. Já os linfomas agressivos exigem um tratamento rápido e mais intensivo.

Hoje em dia, a medicina personalizada tem sido muito utilizada no tratamento do linfoma não Hodgkin. Isso significa que cada tipo histológico específico receberá um tratamento personalizado. Por exemplo, existem medicamentos que têm o objetivo de desligar os sinais que levam as células cancerígenas a se multiplicarem, transformando-as novamente em células normais.

Dicas importantes para o diagnóstico e tratamento do linfoma não Hodgkin

Uma dica importante para os pacientes é solicitar a revisão da lâmina, ou seja, pedir ao médico para analisar novamente o exame que confirmou o diagnóstico. Além disso, o uso de exames de imagem, como o PET/CT, pode ser muito útil para o diagnóstico e também para monitorar a resposta ao tratamento.

Por fim, é essencial lembrar que o mês de setembro é dedicado à conscientização sobre o linfoma. É importante divulgar informações sobre essa doença, especialmente sobre a importância do diagnóstico precoce. Sintomas como crescimento de ínguas, febre, perda de peso e coceira devem ser alertas para a possibilidade de linfoma.

Lembre-se de que a informação é a melhor arma no combate ao linfoma. Apreciamos muito a participação do Dr. Celso Massumoto nesta conversa esclarecedora.

Fonte: Subtipos Linfoma não-Hodgkin – Dr. Celso Massumoto por ABRALE Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia