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Relação entre Doença Celíaca e Tireoidite de Hashimoto: Entenda mais sobre isso.

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A tireoidite de Hashimoto é uma doença autoimune que afeta a tireoide. Foi a primeira doença autoimune reconhecida pela medicina e recebeu esse nome em homenagem ao médico japonês Hashimoto, que a descreveu pela primeira vez. A doença se caracteriza pela presença de inflamação crônica na tireoide, levando à fibrose e consequentemente à disfunção desse órgão.
Uma das principais relações da tireoidite de Hashimoto é com a doença celíaca, ambas são doenças autoimunes. No caso da doença celíaca, a criança já apresenta uma intolerância ao glúten desde cedo. Essa intolerância pode desencadear uma reação do sistema imunológico que ataca não só o glúten, mas também outros órgãos que possuem proteínas semelhantes. Portanto, é possível que a tireoidite de Hashimoto também seja influenciada pelo consumo de glúten.
O glúten é uma proteína complexa presente no trigo, centeio, cevada e seus derivados. Nas últimas décadas, houve uma mudança na composição do trigo devido a modificações genéticas, o que aumentou significativamente a concentração de glúten no grão. Essa alta concentração de glúten pode afetar a saúde, especialmente de pessoas predispostas a reações autoimunes. Quando o glúten é ingerido, ocorre uma alteração na permeabilidade intestinal, permitindo que moléculas grandes de proteínas de glúten entrem na corrente sanguínea. O sistema imunológico reconhece essas proteínas como estranhas e produz anticorpos contra elas, podendo atacar também órgãos que possuem proteínas semelhantes, como a tireoide.
Portanto, uma das recomendações para quem possui tireoidite de Hashimoto é retirar o glúten da dieta. No entanto, essa não é a única medida a ser tomada. Há diversas outras questões relacionadas à dieta e suplementação que devem ser consideradas no tratamento da tireoidite de Hashimoto.
Outro aspecto importante na relação com a tireoidite de Hashimoto é o uso do lugol, uma solução de iodo. O lugol é frequentemente utilizado como suplemento, no entanto, a concentração de iodo presente em duas gotinhas de lugol pode ser muito maior do que a necessidade diária do organismo. O uso prolongado e em altas doses de lugol pode prejudicar a tireoide e contribuir para o desenvolvimento da doença. Portanto, é importante evitar o uso excessivo de lugol e procurar orientação médica nesse sentido.
Além disso, a vitamina D desempenha um papel fundamental na preservação da tireoide. Ela está envolvida na conversão dos hormônios tireoidianos T4 e T3, além de atuar na reparação celular. É importante garantir níveis adequados de vitamina D no organismo para que ocorra a conversão correta dos hormônios tireoidianos.
Esses são apenas alguns aspectos importantes relacionados à tireoidite de Hashimoto. É uma doença complexa e existem diversos outros fatores que podem influenciar no seu desenvolvimento e tratamento, como a alimentação, suplementação e controle emocional. É fundamental buscar orientação médica e seguir as recomendações adequadas para controlar a doença e melhorar a qualidade de vida.
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Fonte: Tireoidite De Hashimoto: Qual Relação entre a Doença Celíaca E Tireoidite De Hashimoto por Dr. Rogério Leite Oncologia