Pular para o conteúdo

Principais Transtornos de Ansiedade e suas Características

  • por
  • posts


Olá! Hoje eu quero falar um pouquinho sobre a ansiedade e os transtornos de ansiedade. A gente costuma entender bastante a ansiedade quando estamos naquela sensação de expectativa, em níveis pequenos e adequados. Digamos assim, a ansiedade pode ser bacana em situações em que estamos ansiosos para viajar, por exemplo. Nós nos preparamos para a viagem, providenciamos o que nos falta e verificamos se está tudo certo. Isso é um resultado da ansiedade, que nos prepara para a coisa que estamos esperando.

Essa ansiedade positiva nos faz ter uma pequena dose de preocupação, mas é uma preocupação positiva que nos ajuda a nos preparar para coisas boas e obter um resultado legal. Por exemplo, ao verificar os pneus do carro antes de uma viagem, estamos nos preparando caso um deles furar. Essa preocupação é positiva, pois nos deixa em uma situação melhor e nos proporciona uma sensação de segurança.

No entanto, a mesma ansiedade que pode ser positiva em níveis adequados, muda totalmente de figura quando fica intensa demais e desproporcional. A ansiedade exagerada e desproporcional não prepara a pessoa, não ajuda a realizar tarefas. Pelo contrário, pode travar a pessoa e impedi-la de fazer qualquer coisa. Por exemplo, uma pessoa com fobia de cachorro trava na frente de um cachorro e pode tomar ações que causam o efeito contrário. Ao invés de se proteger do cachorro que ela tem medo, ela grita, pula e corre, o que pode assustar o cachorro e fazê-lo reagir de forma agressiva. Portanto, a ansiedade excessiva e desproporcional pode levar a resultados contrários aos desejados.

Existem várias formas que a ansiedade pode se apresentar quando chega a esse nível patológico. Por exemplo, o Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), as fobias específicas (como fobia de animais e de altura), a Síndrome do Pânico e outros transtornos de ansiedade. Pessoas com TOC podem verificar várias vezes a mesma coisa, como a porta de casa, e seguir rituais compulsivos, como lavar as mãos várias vezes ou colocar um sapato sempre na mesma posição. Tudo isso ocorre devido a uma angústia muito forte e pode chegar ao ponto de a pessoa não conseguir fazer outra coisa ou conversar com alguém sem ficar incomodada em arrumar o quadro da casa da outra pessoa, por exemplo. Isso acontece porque essas pessoas precisam de uma organização extrema na vida e têm a sensação de que as coisas só funcionam se estiverem devidamente organizadas. Porém, acabam desorganizando o resto da vida delas. Ou seja, a ansiedade em níveis desproporcionais causam totalmente o efeito contrário do que é útil na ansiedade.

Voltando para a ansiedade em geral, quando ela atinge esse nível mais forte e patológico, muitas vezes a pessoa sente vergonha de procurar tratamento. Algumas pessoas acham que ir ao psicólogo é bater papo ou falar sobre namorado. Mas quando a ansiedade paralisa ou trava a pessoa, ela precisa de um profissional especializado para ajudá-la a sair dessa situação de sofrimento. Além disso, alguns quadros de ansiedade, como os de TOC e Síndrome do Pânico, podem exigir tratamento medicamentoso. Por isso, é interessante procurar um profissional para que seja feito um diagnóstico adequado e um tratamento correto.

Não devemos nos autodiagnosticar, pois competiríamos com um profissional que estudou anos para entender essas questões. É importante contar com a ajuda de um profissional qualificado para que possamos entender o que está acontecendo e, assim, receber o tratamento necessário. Muitas vezes, a pessoa sente vergonha de buscar ajuda e acha que está jogando dinheiro fora. Mas é importante lembrar que o psicólogo não dá conselhos, ele orienta a busca por um psiquiatra caso haja necessidade de tratamento medicamentoso. O trabalho conjunto de um psicólogo e de um médico especializado pode trazer resultados mais rápidos e eficientes.

Por fim, é importante respeitar as pessoas que sofrem com transtornos de ansiedade. Devemos abrir nossa mente para entender que elas não estão fingindo e que seus sintomas são reais. Não devemos ter vergonha do que estamos sentindo e devemos nos dar o direito de buscar tratamento. Não se trata de “bobeira”, mas sim de um sofrimento real que precisa ser enfrentado. Portanto, se você está passando por algum tipo de ansiedade que esteja afetando sua vida, não hesite em procurar ajuda profissional. Você não está sozinho(a)!

Fonte: Transtornos de Ansiedade por Psicólogos em São Paulo