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Prevenção do Câncer de Colo do Útero: Papel da Enfermagem

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O câncer do colo do útero é um dos mais frequentes tumores na população feminina e é causado pela infecção persistente por alguns tipos do papilomavírus (HPV). A infecção genital por esses vírus é muito frequente e não causa doença na maioria das vezes. Entretanto, em alguns casos, ocorrem alterações celulares que podem evoluir para o câncer. Essas alterações são descobertas facilmente por meio do exame preventivo, conhecido como papanicolau, e são curáveis na quase totalidade dos casos.

O número de casos novos de câncer do colo do útero esperados para o Brasil para cada ano do triênio 2020 a 2022 será de 16.590 casos, com risco estimado de 15,43 casos a cada 100 mil mulheres. Ou seja, as estimativas para esse ano de 2020 é de que apareçam cerca de 16.590 casos de câncer do colo do útero no Brasil.

Podemos perceber então que o câncer do colo do útero é o terceiro tipo de câncer mais prevalente na população feminina, seguido pelo primeiro colocado, que é o câncer de mama feminino, com quase aproximadamente trinta por cento dos casos estimados para 2020, e do cólon e reto, com estimativa de 20.470 casos.

É importante conhecer os principais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer do colo do útero. Fator de risco é toda e qualquer situação, hábito ou condição que aumenta a predisposição de um indivíduo a contrair a doença. Apresentar um fator de risco não significa necessariamente que irá desenvolver a doença.

Os principais fatores de risco para o câncer do colo do útero compreendem a infecção pelo HPV, que é o principal fator de risco, o início precoce da atividade sexual, a multiplicidade de parceiros sexuais, o tabagismo, a baixa condição socioeconômica, a higienização íntima inadequada, pacientes com imunossupressão e o uso prolongado de contraceptivos orais.

Com relação aos contraceptivos orais, ele é bastante discutido na literatura, uma vez que alguns autores não corroboram esse fator de risco, mas coloquei aqui como importante, uma vez que é descrito dentro do Instituto Nacional do Câncer como fator de risco e é uma característica muito importante no câncer do colo do útero, é que noventa e nove por cento das mulheres com câncer do cólon apresentam HPV. Os principais tipos de HPV oncogênicos são o tipo 16 e o tipo 18, que correspondem a cerca de 70% dos casos.

A prevenção primária do câncer do colo do útero está relacionada à diminuição do risco de contágio pelo papiloma vírus humano (HPV). A transmissão da infecção ocorre por via sexual, presumidamente através de abrasões microscópicas na mucosa ou na pele da região ano-genital. Portanto, o uso de preservativos (camisinha masculina e feminina) durante a relação sexual com penetração protege parcialmente do contágio pelo HPV.

O HPV também pode ocorrer pelo contato com a pele da vulva, região perineal, perianal e bolsa escrotal. Inclui-se também na prevenção primária o uso da vacina e o combate ao tabagismo. Ressalta-se que a mulher que recebe a imunização contra o HPV não está liberada da realização do exame colpocitopatológico.

O diagnóstico do câncer do colo do útero é pautado em cinco etapas. A primeira etapa está relacionada à história clínica da paciente. A segunda etapa está relacionada com o exame pélvico realizado pelo profissional. A terceira etapa é o exame preventivo do colo uterino. A quarta etapa é a realização da colposcopia. E a quinta etapa é a realização da biópsia.

O exame pélvico e a história clínica são realizados praticamente juntos, onde entra o exame da vagina, o exame do colo do útero e dos ovários, do reto, através da avaliação com o próprio espéculo, por meio do papanicolau. Pode ser realizado também o toque vaginal e o toque retal. A segunda etapa do diagnóstico é justamente o exame preventivo do papanicolau. Depois, na terceira etapa tem a colposcopia, que é um exame que permite a visualização da vagina e do colo do útero.

É bom ressaltar que o exame preventivo de papanicolau deve ser realizado periodicamente, de acordo com a recomendação médica e as diretrizes de rastreamento. Geralmente, é recomendado a partir dos 25 anos de idade ou 3 anos após o início da atividade sexual.

Com relação às manifestações clínicas do câncer do colo do útero, podemos destacar que ele tem um crescimento lento e geralmente é assintomático na fase pré-clínica. Os sintomas mais comuns são sangramento vaginal, dor pélvica, leucorreia (corrimento vaginal) e queixas urinárias e intestinais.

Finalmente, é importante ressaltar a importância da prevenção e detecção precoce do câncer do colo do útero por meio da adoção de hábitos saudáveis, como o uso de preservativos durante a relação sexual, a vacinação e a realização periódica do exame preventivo de papanicolau. A prevenção é fundamental para reduzir a incidência e a mortalidade por essa doença.

Fonte: exemplo.com

Fonte: Câncer do Colo do Útero – Enfermagem na Prevenção por Enfermagem Digital