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O título pode ser reescrito como: Síndrome da Covid Longa afeta 65% dos infectados, revela estudo

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Síndrome da COVID Longa: entenda as sequelas da doença

Uma pesquisa recente mostrou que 65% dos infectados pelo coronavírus no Brasil desenvolvem sintomas da chamada síndrome da COVID longa, que são sequelas persistentes mesmo após a recuperação da doença. Para entender melhor como essa síndrome funciona e o que pode ser feito para tratar os sintomas, convidamos a infectologista Carla Kubayashi, do Hospital Sírio-Libanês.

Principais sintomas e sequelas

A síndrome da COVID longa apresenta diversos sintomas e sequelas que podem persistir por um período prolongado. Alguns dos principais sintomas incluem:

  • Queda de cabelo;
  • Alteração de olfato e paladar;
  • Alterações de memória e cognição;
  • Problemas psicológicos, como aumento da incidência de depressão e ansiedade;
  • Fadiga crônica, caracterizada por cansaço e falta de energia;

Além desses sintomas mais comuns, também foram observadas sequelas que podem persistir por meses, como a alteração do paladar e do olfato, que pode durar de quatro a seis meses. A queda de cabelo também pode persistir por mais de dois meses.

Teste de COVID-19 e positividade

Após a recuperação da infecção aguda, a realização de um teste de COVID-19 dificilmente resultará em positividade. Durante a infecção aguda, que dura cerca de 7 a 14 dias, os sintomas são mais intensos e o teste pode ser positivo. No entanto, após esse período, a positividade do teste diminui e pode ocorrer apenas em casos específicos, principalmente devido a complicações decorrentes da infecção.

Sequelas temporárias ou permanentes?

Embora não haja estudos conclusivos sobre a duração das sequelas da COVID longa, algumas delas podem persistir por meses. No entanto, não há evidências de que essas sequelas sejam permanentes. A recuperação das células olfativas, por exemplo, pode ocorrer a longo prazo.

Impacto no sistema de saúde

As sequelas da COVID longa podem sobrecarregar o sistema de saúde de duas maneiras. Primeiro, o tratamento dessas condições mais crônicas, como alterações psicológicas e cognitivas, pode demandar atendimentos ambulatoriais mais frequentes. Segundo, algumas pessoas podem apresentar uma queda na resposta imunológica após a infecção aguda, tornando-se mais suscetíveis a outras infecções e, consequentemente, sobrecarregando o sistema de saúde com doenças agudas adicionais.

Tratamento e impacto na vida das pessoas

O tratamento das sequelas da COVID longa varia dependendo da gravidade dos sintomas. Em geral, um acompanhamento ambulatorial com um médico especialista é suficiente. No entanto, em casos mais graves, como alterações de memória e atenção, pode ser necessária uma internação hospitalar. É importante ressaltar que essas complicações mais graves são mais raras.

Em relação ao impacto na vida das pessoas, em alguns casos as sequelas podem causar dificuldades no trabalho ou estudos, principalmente em pacientes com imunossupressão ou que estão passando por tratamento de câncer. No entanto, a maioria dos sintomas não é tão grave a ponto de causar uma incapacidade total.

A importância da vacinação

A vacinação contra a COVID-19 desempenha um papel importante na prevenção das complicações da doença. Embora não impeça completamente a infecção, a vacina reduz a gravidade dos sintomas e, consequentemente, a chance de desenvolver sequelas de longa duração. Portanto, é fundamental continuar se cuidando, se protegendo e buscando a imunização.

É importante ressaltar que o estudo mencionado mostrou que 65% dos infectados desenvolvem sequelas, mas nem todas são graves. Existem diferentes graus de gravidade e, em alguns casos, os sintomas podem ser mais leves e passageiros.

Fique atento às orientações das autoridades de saúde e siga todas as medidas preventivas para evitar a disseminação do vírus.

Fonte: 65% dos infectados têm síndrome da Covid Longa por Record News