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O que é a colelitíase e quais são seus sintomas e tratamentos possíveis.

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Você sabe conduzir um paciente com o cálculo do colédoco?

Olá, pessoal! Na aula de hoje, vamos falar sobre o cálculo do colédoco, uma condição em que há a presença de uma pedra no canal da bile. Primeiro, vamos entender o conceito do colédoco.

O colédoco é o canal que transporta a bile do fígado para o intestino delgado. Em sua grande maioria, as pedras presentes nesse canal são originárias da vesícula biliar. A formação das pedras na vesícula biliar é chamada de colelitíase. Essas pedras migram pelo ducto cístico em direção ao colédoco, podendo descer até o duodeno. No entanto, há casos em que a pedra pode obstruir o colédoco, o que leva a complicações como a pancreatite.

Os sintomas mais comuns são dor aguda, náuseas e vômitos. Além disso, é possível observar icterícia (coloração amarelada da pele e das mucosas) e alterações nas fezes e urina (fezes claras e urina escura).

No exame laboratorial, é importante solicitar a dosagem de bilirrubina, que estará aumentada na forma direta, além de enzimas relacionadas ao canal biliar, como a fosfatase alcalina e a gama-GT.

O diagnóstico pode ser confirmado por meio de ultrassom, que identifica a presença de cálculos ou dilatações das vias biliares. Além disso, outros exames, como colangiorressonância magnética, podem ajudar a avaliar a anatomia das vias biliares.

O tratamento de escolha para remoção da pedra do colédoco é a colangiopancreatografia retrógrada endoscópica, ou CPRE. Nesse procedimento, realizado por meio de endoscopia, é possível acessar a papila e realizar a retirada do cálculo. É importante ressaltar que a CPRE é um exame invasivo e pode apresentar complicações, como pancreatite, sangramento e perfuração do trato digestivo.

Outro exame bastante sensível para diagnosticar a presença de cálculos no colédoco é a ecografia endoscópica, que utiliza ultrassom por dentro do estômago ou duodeno para visualizar as vias biliares de forma detalhada.

Caso não seja possível realizar a CPRE, ou caso seja necessário remoção cirúrgica da vesícula biliar, é possível realizar a cirurgia de exploração das vias biliares durante a colecistectomia. Nesse procedimento, o cirurgião remove a vesícula e explora as vias biliares para retirar o cálculo, além de realizar uma anastomose biliodigestiva para garantir um fluxo adequado da bile.

É importante ressaltar que, em alguns casos, o colédoco pode ficar dilatado mesmo após a remoção do cálculo. Nesses casos, é recomendado realizar a anastomose biliodigestiva para garantir o fluxo normal da bile.

Espero que vocês tenham entendido o assunto. Fiquem atentos ao diagnóstico, ao tratamento e às complicações relacionadas ao cálculo do colédoco. Se tiverem alguma dúvida, deixem nos comentários. Até o próximo vídeo!

Fonte: COLEDOCOLITÍASE por Dr Fábio Colagrossi