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Nova tecnologia promete acabar com a cegueira em breve

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Tecnologia avançada na luta contra a cegueira

Nós temos mostrado para você aqui no Hoje em Dia que a tecnologia vem dando esperanças na luta contra diversas doenças e nesta quinta-feira você vai acompanhar uma reportagem incrível na medicina nos avanços contra a cegueira. Nessa matéria, que nós vamos apresentar agora, você vai ver que essa doença que afeta quase 40 milhões de pessoas em todo o mundo pode realmente estar com os dias contados.

Baixa tensão, olhos pra encontrar o caminho, olhos pra ler

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Para se emocionar, agora imagine um mundo em que no lugar dos objetos e das paisagens à sua volta só existisse uma cor ou branco total ou até mesmo a escuridão completa. É mais ou menos assim para quem é deficiente visual. Em todo o planeta, 39 milhões de pessoas não conseguem enxergar, cerca de 246 milhões. E Sheron Malmaria Júlia tem uma cegueira irreversível.

“Eu tenho uma doença que se chama retinose pigmentar. É uma doença degenerativa da retina, então isso significa que as células da retina, elas estão morrendo e à medida que essas células da retina, células fotorreceptoras da argentina, vão morrendo, eu fui eu vou perdendo a visão”, explica Maria Júlia. Ela começou a perder a visão aos 14 anos e a doença se agravou com a idade. O campo visual fica cada vez menor.

Teve dois fatores assim que foram difíceis para mim: é a necessidade do uso da bengala é pra não ficar muito dependente das outras pessoas. Eu só podia sair se tivesse alguém para sair comigo”, relata.

A esperança de Maria Júlia é algum tratamento que hoje está distante da realidade dela. “A gente tem uma esperança muito grande com essas novas tecnologias que estão vindo por aí”, comenta.

A carreira da modelo Janaina Barcelos também foi interrompida pela doença. Em 2013 foi minha última tentativa para ser Miss Brasil. Mas eu tive que como a minha concorrente principal a visão porque não eu não enxergava bem escuro então eu tive que memorizar os passos da praça da passarela para desfilar”, diz.

A cegueira progressiva não impediu Janaína de realizar o sonho de ser mãe do João. A gravidez piorou bastante, mas o médico já tinha me avisado disso. E olha, quanto mais tarde você engravidar, melhor pra você, porque você vai perder a visão. O seu metabolismo vai acelerar e automaticamente o problema não vai piorar”, conta.

Há dois anos, o médico Cláudio Vieira Filho, oftalmologista brasileiro que vive no Canadá, implantou o microchip na retina de uma mulher de 52 anos com retinose pigmentar. Já foram realizadas mais de 200 cirurgias desse tipo em todo o mundo. Esse tipo de chip substitui as células danificadas nesse tipo de retinose, que são as células fotorreceptoras. A técnica ainda não chegou ao Brasil.

O doutor Flávio vai fazer a segunda cirurgia dele até 2018. A cirurgia tem como alvo pacientes que perderam a visão por causa de doenças genéticas. Não vale para quem já nasceu cego. Infelizmente, para Maria Júlia e Janaína, o tratamento ainda é experimental e muito caro, custa cerca de meio milhão de reais.

Outra tecnologia para a cura da cegueira é uma arma biológica. O médico injeta um vírus embaixo da retina. Assim como a vacina, esses vírus não transmitem nenhuma doença. Eles conseguem alterar o código genético do olho e, ao fazer isso, curam doenças que impedem a visão.

“Estamos falando, chegando num nível de terapia celular, num nível de terapia genética, por exemplo, que você pega o DNA daquela pessoa que tenha doença, transforma isso, coloca dentro do vetor viral, um vírus atenuado que não vai causar doença para aquele paciente e vai implantar isso debaixo da retina”, explica o médico.

O chip e a vacina não são as únicas novidades, existem várias terapias genéticas que utilizam as chamadas células-tronco. Outras técnicas lançam mão da robótica.

É o que mostra o repórter André Talles. Essas imagens foram gravadas dentro da sala de operações do Hospital do Olho de Oxford, na Inglaterra. A equipe do professor Robert Maclaren realiza uma cirurgia histórica. Pela primeira vez, médicos usam um robô para operar o olho de um paciente. Por mais experiente que seja o cirurgião, é impossível controlar pequenos tremores do corpo, muitas vezes provocados pela respiração ou batimentos cardíacos.

Por isso, o robô usado aqui oferece um grande aliado na luta contra a cegueira. O objetivo é remover com precisão uma membrana de um centésimo de milímetro. O tamanho é tão pequeno que é impossível enxergar sem a ajuda de um microscópio. Feita pela mão do médico, a cirurgia carrega um risco elevado de lesão no olho do paciente, mas com o braço robótico tudo fica mais seguro.

O paciente é um senhor de 70 anos que antes da cirurgia deu um rápido depoimento para a equipe médica. William Brewer disse que aceitou ser operado pelo robô porque todos devem ajudar no desenvolvimento da ciência.

O globo no sistema nossa equipe conversou com o professor Mclaren, médico pioneiro na técnica que pode revolucionar o tratamento da cegueira. O cirurgião diz que é difícil operar embaixo da retina, mas o robô mantém todo o procedimento estável e dá tempo ao médico para tomar as melhores decisões.

Relaxado com muita precisão, essa animação mostra melhor como funciona o robô. Ele tem oito motores independentes que simulam os movimentos da mão humana. A máquina se mexe para cima, para baixo, faz rotações, mas quem tem o controle é sempre um médico. Ele dirige tudo que o robô executa.

Segundo o professor Mclaren, já é possível operar uma veia sanguínea do olho ou uma única célula. Essa é uma grande chance de ajudar pessoas que são cegas. Por enquanto, a máquina está em fase de testes. Ela já foi usada em seis cirurgias e outras seis, ainda mais complexas, estão programadas para breve. Este é o início de uma pesquisa que pode mudar de vez a forma de tratar a cegueira.

O professor Mclaren diz que o que hoje parece complicado pode se tornar uma rotina do futuro. Tem quem sabe com o curso como esse em todos os hospitais do mundo.

Fonte: Cegueira pode estar com os dias contados por Hoje em Dia