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Importância do oncologista pediátrico no tratamento da leucemia em crianças e adolescentes

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Hoje também é o Dia Internacional de Combate ao Câncer Infantil, uma luta enfrentada por muitas famílias. Ter uma criança com câncer em casa é muito difícil e doloroso, mas a boa notícia é que, apesar de ser uma doença grave, oitenta por cento das crianças e adolescentes podem ser curados se o diagnóstico for precoce.
Foi isso que aconteceu com Ana Júlia e Anoéle. Elas venceram o câncer e vamos conhecer um pouquinho das histórias delas. Correndo, pensa numa criança de bem com a vida. Ana Júlia tem sete anos e é uma menina alegre, esperta e super divertida. Olha o que ela aprontou comigo. (Risadas)
A mãe conta que Ana Júlia nunca perdeu o bom humor, mesmo quando ficou doente. Há cinco anos, ela foi diagnosticada com leucemia, câncer na medula óssea. A família tinha acabado de se mudar para Ipiguá e não tinha ainda um diagnóstico certo. Na verdade, nunca imaginaram que seria leucemia, um câncer.
Tudo começou com muitas dores nas pernas, perda de apetite e palidez. Como ela tinha apenas dois anos e meio, não sabia falar e expressar o que sentia. A mãe percebia que, quando a levantava, ela começava a chorar. Foi então que levaram-na ao médico, achando que eram apenas dores do crescimento. Fizeram exames de sangue, mas nada dava alterado.
Foi apenas em novembro, durante uma campanha de vacinação, que Ana Júlia tomou uma vacina que desencadeou uma reação. As dores nas pernas pioraram e ela passava a noite em claro, chorando de dor. As fotos que temos foram tiradas durante o período em que ela estava em tratamento. Foram muitas sessões de quimioterapia, e ela chegou a perder o cabelo duas vezes.
Ana Júlia nunca perguntou o que estava acontecendo, o porquê de tudo aquilo. Ela nunca perguntou, apenas queria saber por que tinha que tomar tantos remédios. Foi quando a mãe explicou que o remédio tinha um “bichinho” muito grande dentro dela e que, se não tomasse, ele não iria embora.
Após dois anos e nove meses de tratamento, a doença foi controlada e Ana Júlia agora só faz acompanhamento médico. Ela é uma nova criança, totalmente diferente. Agora, ela pode brincar na terra, correr, se divertir. (Música) Não há negócio delas mesmo, é mais o bendito do celular. E ela gosta de se vestir com as roupas das meninas, brincar de bola, andar de patins, bicicleta. É só alegria.
Aproximadamente 12 mil casos de câncer infantil são diagnosticados no Brasil a cada ano, segundo o Instituto Nacional do Câncer. Apesar de ser uma doença grave, o Ministério da Saúde afirma que até 80% das crianças e adolescentes conseguem a cura, mas isso depende de um diagnóstico precoce e do tratamento em centros especializados.
O Hospital da Criança e Maternidade de Rio Preto atende pacientes de até 15 anos com esse tipo de problema, realizando mais de 360 atendimentos por mês. A oncologista infantil explica que o tempo de tratamento varia de acordo com o tipo de câncer na infância. Os tumores mais comuns são a leucemia na medula óssea, o linfoma que atinge os órgãos e o que atinge o sistema nervoso.
Diferentemente dos adultos, não dá para fazer exames preventivos na maioria das vezes, pois o câncer infantil é muitas vezes um problema genético. O bebê já pode nascer com a doença, por isso os pais precisam ficar atentos aos sintomas e devem procurar ajuda médica caso percebam algo suspeito, como manchas roxas no corpo, dor de cabeça, vômitos, aumento do volume abdominal ou massas abdominais.
O tratamento das crianças pode durar em média de cinco a dez anos, dependendo do tipo de câncer. Após o término do tratamento, há o risco de recaída ou recidiva da doença, por isso as crianças devem fazer um acompanhamento médico constante. Além disso, elas podem apresentar efeitos a longo prazo da quimioterapia e da radioterapia, como problemas de desenvolvimento e efeitos secundários.
Anoéle, com apenas dois anos, já enfrentou uma grande batalha contra um câncer no ovário. Ela ainda era um bebê, tinha apenas 11 meses de vida quando a doença foi descoberta. Precisou passar por duas cirurgias para a retirada do tumor. A mãe dela nunca perdeu a esperança de ver a filha curada e buscou ajuda médica assim que percebeu que algo estava errado.
Hoje, ela comemora a vitória da filha. Anoéle é uma guerreira. Ela anda, brinca, pode sair e se divertir na rua. Semana passada, teve uma notícia ótima: pode ir para a escolinha. Ela não podia ir antes, mas agora pode. Nasceu de novo. A mãe não tem palavras para descrever o alívio e a gratidão que sente. Ela só quer ajudar outras mães que estão passando pela mesma situação, mostrando que é possível vencer e superar todas as adversidades.
Fonte: Oncologista pediátrica do HCM fala sobre leucemia em crianças e adolescentes por Hospital de Base / Funfarme