Importância do D Dímero na avaliação pós-covid: saiba mais.

Olá pessoal! Sejam muito bem-vindos ao meu coração saudável. Nesse momento de epidemia de COVID-19, estou bastante preocupado com a quantidade de casos e minha grande preocupação são as internações e enfermarias, além da síndrome pós-COVID. É nesse contexto que estamos tentando entender melhor tudo isso e poder orientá-los.

Pelas nossas observações da vida real e pelas publicações, trago algumas informações para vocês hoje. Quero falar um pouquinho sobre o D-dímero no contexto pós-COVID, porque quando eu me formei, na época em que estudávamos tromboembolia pulmonar, discutíamos muito sobre o D-dímero. No entanto, atualmente não faz sentido ficar acompanhando esse exame no paciente assintomático.

Para entendermos melhor, vou explicar o que é o D-dímero. Trata-se de um fruto da degradação do coágulo, um produto encontrado na degradação do fibrinogênio para fibrina. O D-dímero aparece no exame, mas pode ser alterado por um quadro inflamatório sistêmico. Isso significa que um paciente pode apresentar alterações no D-dímero mesmo estando assintomático, o que não significa necessariamente algo relevante.

Dessa forma, o pedido de D-dímero não faz sentido em casos de COVID-19, a menos que o paciente seja sintomático. Além disso, em casos crônicos de baixo grau de inflamação, o D-dímero pode indicar um estado pró-trombótico e, nesses casos, é relevante investigar e cuidar desse perfil de paciente.

É importante ressaltar que não devemos focar no D-dímero quando se trata de pacientes com COVID-19, especialmente se eles são assintomáticos. Devemos tomar cuidado com a paranoia excessiva de pedidos de exames desnecessários que não mudam a conduta. Se o D-dímero está alterado em um paciente com COVID-19 que já recebeu alta, isso não faz sentido nenhum.

Antigamente, o D-dímero era utilizado para o diagnóstico de tromboembolia pulmonar, mas muitas vezes confundia os médicos. Quando o resultado era positivo, não significava necessariamente algo relevante, e quando era negativo, também não. Essa confusão levava os médicos a direcionarem o caso para outra condição, confundindo ainda mais o diagnóstico.

Portanto, precisamos ser assertivos na solicitação dos exames necessários, especialmente em casos de COVID-19. Devemos tomar cuidado para não desesperar quando encontramos alterações, como deficiência vitamínica ou alteração da função renal. Espero ter sido claro e útil! Se você quiser bater um papo comigo, deixe um comentário aqui ou me encontre no Instagram @BrunaAprontouHein. Um forte abraço para vocês!

Fonte: Para que serve o D Dímero nas avaliações pós covid? por Meu Coração Saudável

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