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Hipotireoidismo de Hashimoto: Como as mudanças na alimentação podem auxiliar no controle de peso.

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Este artigo científico é muito interessante, pois mostra que as pessoas que possuem tireoidite de Hashimoto, uma condição autoimune que afeta principalmente mulheres, têm um maior risco de desenvolver obesidade, diabetes, resistência à insulina, doenças cardíacas, síndrome metabólica, hipertensão, entre outras condições. O motivo para esse maior risco está relacionado ao tratamento da condição, que geralmente envolve reposição hormonal.

No entanto, é importante ressaltar que não se trata apenas de reposição hormonal. A tireoidite de Hashimoto é uma condição autoimune, ou seja, o corpo ataca a própria glândula tireoide. É de se esperar que algo esteja errado em uma condição autoimune, principalmente em uma época em que as redes sociais estão cheias de informações sobre saúde. Se a pessoa não se dedicar a pesquisar um pouco sobre sua condição, fica à mercê de outras pessoas que, muitas vezes, não estão cuidando completamente de sua saúde.

No entanto, há coisas que não exigem a ajuda de um profissional de saúde para serem corrigidas, como estar acima do peso ou ter uma alimentação inadequada. A quantidade de calorias que ingerimos está diretamente relacionada ao ganho de peso: se consumirmos mais calorias do que gastamos, o excesso será armazenado como gordura. É claro que o metabolismo pode influenciar na velocidade com que ganhamos peso, mas a solução seria reduzir ainda mais o consumo calórico.

Além disso, pessoas com tireoidite de Hashimoto precisam de mais do que reposição hormonal. Uma alimentação anti-inflamatória, exercícios físicos e estratégias para melhorar a qualidade do sono são essenciais para controlar a inflamação e regular o metabolismo. Não é apenas uma questão de culpa ou de responsabilizar alguém por ganhar ou perder peso. A culpa está na falta de tratamento adequado e na desinformação.

Para aqueles que têm uma condição crônica, é fundamental entender as causas dessa condição e não apenas tratar as consequências. No caso da tireoidite de Hashimoto, uma alimentação anti-inflamatória, exercícios físicos e cuidados com o intestino são estratégias importantes para controlar a doença. Não é necessário procurar um profissional de saúde para encontrar informações sobre uma alimentação saudável. Vários canais do YouTube e perfis nas redes sociais disponibilizam gratuitamente essas informações.

Para aqueles que preferem um acompanhamento mais personalizado, um nutricionista funcional pode ser a melhor opção. Não é necessário buscar a solução pronta. Testar diferentes abordagens, como uma dieta low carb ou mediterrânea, por exemplo, é válido. O importante é buscar o conhecimento e entender as causas do problema para encontrar a solução.

É fácil culpar os profissionais de saúde pelo tratamento ineficaz, mas se continuarmos a fazer as mesmas coisas, não devemos esperar resultados diferentes. Se um médico não estava disposto a explicar a causa do problema, é importante procurar outra opinião. Não espere resultados diferentes fazendo a mesma coisa. É fundamental buscar a remissão da doença e impedir que o corpo continue se agredindo. A remissão é algo possível, como a experiência da Camila, que conseguiu diminuir seus anticorpos através de uma alimentação anti-inflamatória e cuidados com sua saúde.

Fonte: Ganho de peso e hipotireoidismo de Hashimoto – A importância das mudanças de hábitos alimentares. por Victor Sorrentino