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Herpes Zoster: causas, sintomas e tratamentos.

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O que é o Herpes Zóster e como tratá-lo?

Olá, sou a Dra. Fernando Herrero, dermatologista formada pela Unicamp, com doutorado nessa mesma instituição. Hoje vamos conversar sobre o herpes zóster.

O herpes zóster é uma condição dermatológica que ocorre devido à reativação do vírus da catapora ou varicela. Isso significa que a pessoa teve contato com o vírus da catapora na infância, seja através da própria varicela ou de alguma outra pessoa que teve a doença. Esse vírus fica dormente nos nervos da coluna da pessoa, e anos depois, em situações de estresse ou queda na imunidade, ele pode se reativar.

Quando o vírus se reativa, ele percorre os nervos sensitivos da coluna e causa lesões na pele. Essas lesões costumam aparecer em faixas ou zonas da pele, seguindo o percurso dos nervos. Por esse motivo, o herpes zóster é chamado de “cobreiro”. As lesões são caracterizadas por pequenas bolhas cheias de líquido, chamadas de vesículas, que duram de sete a dez dias. Após esse período, as vesículas formam crostas e desaparecem completamente em duas a quatro semanas.

Antes mesmo das bolhas aparecerem, a pessoa pode sentir dor, coceira ou formigamento na região afetada. Algumas pessoas relatam sentir esses sintomas dias antes do surgimento das lesões. A dor causada pelo herpes zóster pode ser intensa e dificultar atividades simples, como vestir uma blusa.

Muitas vezes, é comum que pacientes questionem se o herpes zóster é transmissível. Na fase das vesículas, que dura de sete a dez dias, o líquido contido nessas bolhas pode transmitir o vírus para outras pessoas que não possuem uma boa imunidade, como bebês não vacinados ou pessoas imunossuprimidas. Nesses casos, a pessoa infectada desenvolveria catapora e não herpes zóster.

O tratamento do herpes zóster tem como objetivo aliviar os sintomas e acelerar a cicatrização das lesões. É importante ressaltar que é fundamental realizar o tratamento para evitar complicações a longo prazo, como a neuropatia pós-herpética, que é a persistência da dor após o quadro agudo. O tratamento é feito com antivirais, como Aciclovir, Valaciclovir ou Famvir, administrados via oral por cerca de uma semana. Em alguns casos, o médico pode prescrever corticoides para reduzir a inflamação nos nervos e prevenir a neuropatia pós-herpética. No entanto, o uso de corticoides não é consenso na comunidade médica.

É importante lembrar de não entrar em contato com outras pessoas durante a fase das vesículas, cobrindo a área afetada e evitando tocar as bolhas. Caso a dor persista após o tratamento, é recomendado procurar um médico especialista em dor, como um anestesiologista, que poderá prescrever medicamentos para aliviar o desconforto.

Em relação à prevenção, existem vacinas disponíveis para o herpes zóster. Recomenda-se que pessoas com mais de 50 anos conversem com seu médico sobre a possibilidade de receber a vacina. A vacina é recomendada especialmente para pessoas imunossuprimidas e para aquelas que já tiveram herpes zóster oftálmico, que afeta a área dos olhos. Vale ressaltar que a vacina não é oferecida na rede pública no Brasil.

Espero que essas informações tenham sido úteis. Lembrando sempre de buscar a orientação de um profissional médico para um diagnóstico e tratamento adequados. Um grande abraço!

Fonte: Herpes Zoster – causa, evolução e tratamento por Dra Fernanda Herreros

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