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Fratura da diáfise do úmero: o que é, complicações e fisioterapia – Fisio em Movimento

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Cirurgia de Diáfise Umeral: fratura, complicações e reabilitação

Hoje vamos falar sobre a cirurgia de diáfise umeral. Vamos iniciar falando sobre o que é a fratura de diáfise umeral, as complicações e como proceder à reabilitação.

A fratura de diáfise umeral ocorre na região central do osso do braço, especificamente no úmero. Uma das grandes complicações dessa fratura é a lesão do nervo radial, que passa ao redor do úmero. Durante a fratura, há uma chance de ocorrer a lesão do nervo, devido ao movimento em espiral dos fragmentos ósseos. Mesmo durante o procedimento cirúrgico, ao passar a placa por baixo do nervo e parafusar, há o risco de lesão do mesmo.

É importante ressaltar que a lesão do nervo radial pode ser diagnosticada no primeiro dia após a cirurgia ou após o efeito da anestesia passar. Nesse momento, solicita-se à pessoa que puxe a mão para cima. Se ela não conseguir fazer a extensão do punho, é um sinal de que o nervo radial foi lesado. Além disso, pode haver perda de sensibilidade na região, como no polegar e na parte de trás da mão.

Para diagnosticar a lesão do nervo radial, é necessário realizar um exame de eletroneuromiografia, no qual uma agulha é inserida para estimular o nervo e verificar o potencial de ação dos músculos. Quanto menor a inervação recebida pelos músculos, menor será a capacidade de contração e sensibilidade.

A recuperação da lesão do nervo radial pode variar, dependendo do tipo de lesão nervosa. Existem três tipos: neuropraxia, axonotmese e neurotmeses. A neuropraxia apresenta melhor prognóstico, com retorno das funções em cerca de três meses. Já a axonotmese, em que há corte na bainha de mielina que reveste o nervo, pode levar de 9 a 12 meses para o retorno das funções. Por fim, a neurotmeses é quando ocorre o rompimento do nervo, exigindo procedimento cirúrgico para tentar recuperá-lo.

Quanto aos exercícios de reabilitação, o padrão é manter o braço imobilizado, com a tipóia, por quatro semanas, realizando movimentos de forma controlada. É possível fazer movimentos ativo assistidos, nos quais a pessoa faz um pouco de força com a ajuda do terapeuta. Também podem ser feitos exercícios passivos para evitar a aderência do ombro. É necessário trabalhar a musculatura escapular e fornecer mobilidade para a rotação da escápula durante os movimentos amplos do braço.

Além disso, é importante reabilitar o cotovelo, que também pode ser prejudicado, pois a flexão total do mesmo pode ser difícil. É necessário um trabalho intenso para aliviar a tensão muscular do bíceps e da musculatura escapular, além de recuperar a mobilidade do ombro e fortalecer a musculatura.

A reabilitação também deve incluir atividades funcionais, uma vez que o membro superior é responsável por trazer função e destreza às atividades diárias. É fundamental respeitar os diferentes momentos da lesão e da reabilitação para obter sucesso na recuperação.

Agora que você conhece um pouco mais sobre a cirurgia de diáfise umeral, os riscos e a reabilitação, é importante buscar acompanhamento médico e terapêutico para um tratamento adequado.

Fonte: Fratura da diáfise do úmero: o que é, complicações, fisioterapia | FISIO EM MOVIMENTO por Fisio Em Movimento