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Entendendo os bloqueios atrioventriculares no eletrocardiograma: causas, sintomas e tratamentos.

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Olá pessoal! Eu sou o doutor Massau e sejam bem-vindos ao blog Mede TV. Na aula de hoje, falaremos sobre os bloqueios atrioventriculares no eletrocardiograma. Quando nos deparamos com um paciente bradicárdico na emergência, é essencial realizarmos um eletrocardiograma após a estabilização do paciente.
Nesta situação, sabemos que os bloqueios atrioventriculares são relativamente frequentes. Dessa forma, vamos mostrar como realizar a análise do traçado e como chegar ao diagnóstico.
Então, vamos lá! Primeiramente, é interessante revisar a anatomia do sistema de condução. Para isso, sugiro que assistam à aula de anatomia do sistema de condução do impulso elétrico cardíaco (link para a aula).
Anatomicamente, os bloqueios atrioventriculares acometem o nó atrioventricular e o feixe de His, podendo ser intra ou infra-hissianos. Os bloqueios atrioventriculares também são divididos em três graus, sendo que os blocos de segundo grau são subdivididos em tipo 1, tipo 2 (2 para 1) e avançado. No bloqueio atrioventricular de primeiro grau, todo o impulso atrial passa para os ventrículos, e a principal característica desse bloqueio é um intervalo PR maior do que 200 milissegundos.
Vamos ver um exemplo. No eletrocardiograma, percebemos um intervalo PR maior do que 200 milissegundos e toda a onda QRS é seguida de um T. Isso indica um bloqueio atrioventricular de primeiro grau.
No bloqueio atrioventricular de primeiro grau, o nível da lesão é no nó atrioventricular, e o prognóstico geralmente é bom, sem necessidade de intervenção. Já nos bloqueios atrioventriculares de segundo grau, o impulso atrial pode ser bloqueado em algum momento e não ser transmitido para os ventrículos.
Vamos ver as características de cada subtipo de bloqueio atrioventricular de segundo grau. O bloqueio atrioventricular de segundo grau tipo 1 é caracterizado por um aumento progressivo no intervalo PR até a ocorrência de um batimento atrial bloqueado. Para identificar esse bloqueio, primeiro identificamos a onda P que foi bloqueada, e depois checamos o intervalo PR do batimento pré e pós-bloqueio. Se o intervalo PR do batimento pré-bloqueio for maior do que o pós-bloqueio, estamos diante de um bloqueio atrioventricular de segundo grau tipo 1.
Outra característica é a manutenção do ciclo da onda P, ou seja, a distância entre as ondas P se mantém constante, mesmo no batimento bloqueado. No eletrocardiograma, temos um traçado com prolongamento do intervalo PR, sucessivamente até a ocorrência de uma onda bloqueada.
Por outro lado, o bloqueio atrioventricular de segundo grau tipo 2 é caracterizado por batimentos com intervalos PR fixos, com bloqueios súbitos de um batime
Fonte: Bloqueios atrioventriculares no eletrocardiograma por MedTV – DrJulioMassao