Pular para o conteúdo

Entenda o funcionamento do cérebro durante a doença de Alzheimer – Dr. Italo Rachid

  • por
  • posts

E aíé bem meus amigos, minhas amigas, muita satisfação receber vocês aqui no nosso canal, canal informativo que visa levar a vocês periodicamente informações de qualidade que possam trazer um impacto positivo nas suas escolhas e que por sua vez essas escolhas mais pertinentes, mais inteligentes, possam levar uma melhor qualidade de vida.

Hoje eu vou abordar um tema muito importante, porque ele tem uma incidência altíssima entre pessoas que vão envelhecendo, que vão atingindo faixas etárias mais elevadas. É uma doença considerada incurável e imprevisível, e não é possível fazer qualquer tipo de detecção precoce. E eu quero hoje aqui nesse vídeo quebrar alguns tabus que existem sobre o tema de hoje, a doença de Alzheimer.

Essa doença foi descoberta por um médico alemão chamado Alois Alzheimer e a partir desse momento ele passou a perceber que pessoas que sofrem dessa doença são acometidas por um declínio comportamental, cognitivo e mental progressivos. É uma doença irreversível.

O que é que preocupa mais a respeito dessa doença? Dois extremos: o primeiro extremo é considerarmos o ponto de vista tradicional da visão médica, que é uma doença incurável e que não existem condições de ser detectada precocemente. E o outro extremo é o alto grau de incidência que essa doença tem. Tem pessoas que estão envelhecendo.

Para vocês terem uma noção dos números do Alzheimer, nós temos uma perspectiva de aproximadamente 52% das pessoas que atingem idades superiores a 80 anos vão desenvolver demência de Alzheimer. Nós consideramos que dentro de uma valência de proporções, 50% é a maioria. Fica muito simples pelo ponto de vista matemático. Nós entendemos que 52% é a maioria. Ou seja, a maioria das pessoas que vai ultrapassar 80 anos de idade vai ganhar de presente uma doença crônica, uma doença terrível chamada demência senil de Alzheimer.

A incidência é três vezes maior em mulheres do que homens. Possivelmente porque mulheres perdem hormônios a uma velocidade aproximada três vezes maior do que os homens. É muita coincidência para ser só coincidência.

É preciso que a gente entenda um pouco do que acontece na zaga. Nós temos no nosso cérebro uma rede de células transmissoras e captadores de informações altamente especializadas em guardar informações, chamadas neurônios. Os neurônios se comunicam uns com os outros através de terminações como se fossem fios, chamados dendritos. Esses dendritos, essas terminações, são altamente vulneráveis. Para manter a sua capacidade de comunicação, essas células precisam estar imersas em um meio em que existam fatores de crescimento, e que reparem a existência de controle de inflamação e, principalmente, que exista aporte hormonal adequado.

Esses dendritos são extremamente dependentes de informações que são mediadas por órgãos e, principalmente, a informação de que, para manter a saúde dessas ramificações, é preciso estar gerando no sítio desses locais onde esses dendritos se conectam com os outros neurônios, uma proteína fundamental chamada conexina p-43. Essa conexina p-43 é uma proteína hormonal-dependente.

O que significa isso? Na medida em que nós vamos envelhecendo, que nós vamos perdendo a capacidade natural de produzir nossos hormônios, esses mensageiros químicos que governam a biologia, governam a fisiologia, governam a comunicação, a capacidade de manter essa conexão neuronal vai sendo prejudicada. Esses neurônios vão perdendo essas conexões lentamente. Essas interconexões vão reduzindo e esses neurônios não tendo a capacidade crônica irreversível de perder a sua habilidade de se comunicar naturalmente, em decorrência desse fenômeno degenerativo dendrítico, instalou-se uma quantidade de problemas afetivos, comportamentais, cognitivos e mentais que são conhecidos como a demência de Alzheimer.

É uma doença incurável, porque quando o indivíduo começa a manifestar os primeiros sinais ou sintomas de que ele pode ser mais um doente de Alzheimer, ele já perdeu tantos dendritos, já degenerou tantos neurônios que não existe mais como retroceder nesse processo. A degeneração é um processo que só tem uma via. Não há retorno.

Diante dessa condição de que é uma doença crônica e que, quando é detectada, quando o diagnóstico é confirmado, ela já está numa fase incurável. A única solução que nós temos é começar a olhar para a base, cada vez mais cedo, de fatores que podem gerar o risco para esta doença.

Poderíamos apontar a inflamação silenciosa ou inflamação crônica de baixo grau, como um dos fatores mais importantes para desvendar o elo entre a inflamação crônica e a demência de Alzheimer. E o mais importante de todos, a deficiência hormonal, que não é tratada, que não é corrigida.

Na alma boa, há evidências na literatura médica científica demonstrando, de maneira categórica, que a demência senil de Alzheimer pode ser uma doença prevenível e evitável, desde que nós comecemos a levar a sério a importância de pessoas vivendo em equilíbrio hormonal.

Talvez essa seja uma das condições médicas mais relevantes e mais importantes, não só para saúde geral, mas principalmente para a saúde neuronal. Fica aqui a mensagem para todos nós de cuidar bem dos nossos hormônios, de manter os nossos hormônios em equilíbrio e corrigir nossas insuficiências, nossas deficiências, para que nós possamos, através da manutenção de níveis hormonais fisiológicos, manter num grau mais elevado possível a nossa saúde neuronal.

Entendemos que talvez a demência de Alzheimer seja mais uma doença da ignorância, essa vasta lista de doenças que ocorrem porque as pessoas não estão sendo adequadamente informadas. Espero que vocês possam tirar proveito dessas informações e principalmente aqueles que já têm na sua família, na sua via direta, alguém portador dessa doença, aí é que você tem que ter uma responsabilidade ainda maior sobre o seu equilíbrio hormonal. Lembrem-se, hormônios trabalham a favor da saúde, hormônios trabalham a favor da vida. Muito obrigado!

Fonte: O que acontece no cérebro durante a DOENÇA DE ALZHEIMER. | Dr. Italo Rachid por Dr. Ítalo Rachid