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Endometriose: causas, sintomas e tratamentos – Parte 1

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Olá, nesse vídeo do programa Saúde da Mulher com a doutora Laura Lúcia, vamos falar sobre um dos assuntos mais pedidos aqui no canal: a endometriose. Finalmente estou gravando esse tema tão importante para vocês. Preparem-se, porque hoje vou explicar tudo sobre a endometriose.
A endometriose é uma doença que foi descoberta em 1860 pelo médico pesquisador Call Bonrock Danske. Ela é definida como a presença do endométrio fora do útero. O endométrio é a camada que cresce para implantar o óvulo fecundado e desenvolver a gravidez. Quando isso não ocorre, essa camada é descamada todos os meses, resultando na menstruação. A endometriose acontece quando essas células de endométrio se encontram fora do útero. É uma doença benigna crônica que depende da ação dos hormônios femininos.
Estima-se que a endometriose afete de 5 a 10% das mulheres em idade reprodutiva. Atualmente, ela é considerada um problema de saúde pública devido ao seu impacto negativo na vida das mulheres, tanto em termos de saúde física quanto psicológica. Além disso, o diagnóstico da doença é caro e muitas vezes leva muito tempo para ser realizado.
A endometriose pode ser dividida em três tipos: peritoneal, ovariana e profunda. A peritoneal afeta apenas a superfície do peritônio, uma membrana que recobre os órgãos abdominais. Já a ovariana pode afetar a superfície do ovário ou formar um cisto de endometriose, chamado de endometrioma. Por fim, a endometriose profunda é aquela em que o foco de endométrio ultrapassa 5mm e atinge regiões mais profundas do peritônio ou órgãos abdominais, como a bexiga e o intestino.
A causa da endometriose ainda é controversa, mas a teoria mais aceita desde 1927 é a da menstruação retrógrada. Segundo essa teoria, durante o período menstrual, 90% das mulheres apresentam líquido livre na cavidade abdominal, além do fluxo menstrual pela vagina. Esse líquido pode refluir pelas trompas e cair na cavidade uterina, o que leva ao surgimento dos focos de endométrio fora do útero. Fatores imunológicos e hormonais também podem contribuir para o desenvolvimento da endometriose.
Além disso, alguns outros fatores aumentam o risco de endometriose, tais como: idade precoce da primeira menstruação, nuliparidade (nunca ter tido filhos), maior número de ciclos menstruais, maior fluxo menstrual, atraso na primeira gravidez e menor tempo de amamentação.
Em relação aos sintomas, é importante estar atenta principalmente durante o período menstrual. Dor intensa, cólicas, alterações urinárias (como vontade frequente de urinar e sangramento na urina) e alterações intestinais (como dor ao evacuar e cólicas abdominais) podem indicar a presença de endometriose. Também é importante informar ao médico qualquer sintoma que ocorra apenas durante o período menstrual, como dor na vulva, dor nos glúteos e sangramento incomum.
Não deixe de procurar um ginecologista caso apresente algum desses sintomas. O diagnóstico precoce da endometriose é fundamental para o início do tratamento adequado. Fiquem atentos, na próxima semana iremos falar sobre os exames e o tratamento da endometriose.
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Fonte: Endometriose (Parte 1) por Saúde da Mulher com Dra Laura Lucia