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Doença Renal Crônica: Tudo o que você precisa saber em um bate-papo informativo

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Bem-vindo! Hoje vamos falar sobre a doença renal crônica. Este bate-papo foi elaborado pela equipe multiprofissional das clínicas do Grupo Cine. Agradecemos à UECE pelo título de gênio.
Antes de falarmos sobre a doença renal crônica, vamos conhecer o sistema urinário. O sistema urinário é responsável pela limpeza do organismo, retirando as impurezas, toxinas e excesso de líquido. Ele é formado pelos rins, que produzem a urina, que é levada pelos ureteres para a bexiga urinária, onde fica armazenada até ser eliminada pela uretra. O sistema urinário fica localizado na região lombar, abaixo das costelas.
Os rins têm a função de filtrar o sangue, retirando impurezas, toxinas e excesso de líquido do corpo. Eles têm o formato de um feijão e podem variar de tamanho, altura e espessura. Cada rim tem cerca de 120 a 180 gramas de peso. A filtragem do sangue acontece nos néfrons, que são unidades funcionais dos rins. As toxinas retiradas do sangue são coletadas e levadas para a bexiga urinária, onde ficam armazenadas até serem eliminadas através da micção. Além da filtração, os rins ajudam a manter equilibrada a quantidade de líquidos e minerais no organismo, o que é importante para a saúde, incluindo a dos ossos. Os rins também produzem hormônios importantes que ajudam a controlar a pressão arterial e estimulam a produção de glóbulos vermelhos do sangue, responsáveis pelo transporte de oxigênio pelo corpo.
A doença renal crônica ocorre quando os rins perdem a capacidade de filtrar o sangue, ou seja, a função renal está prejudicada. Se essa redução na função renal continua por mais de três meses, dizemos que a pessoa tem doença renal crônica. Existem algumas doenças que podem prejudicar o funcionamento dos rins e levar à doença renal crônica, como hipertensão, diabetes mellitus, glomerulonefrites, entre outras. Quem apresenta fatores de risco deve consultar um nefrologista.
Os principais sintomas da doença renal crônica incluem inchaço, principalmente no rosto, mãos e pés, anemia, pele amarelada e cansaço devido à falta de oxigênio no corpo, pressão arterial descontrolada, desequilíbrio dos sais minerais, fraqueza nos ossos, perda de apetite, enjoo e halitose com cheiro de urina. É importante consultar um nefrologista ao perceber esses sintomas, pois a doença renal crônica pode piorar se não for tratada desde o início.
A doença renal crônica é dividida em cinco fases, sendo a primeira a menos grave e a quinta a mais grave. Na primeira fase, os rins ainda funcionam bem, mas já apresentam algum sinal de lesão, como a presença de proteína na urina. Na segunda fase, há uma diminuição na função renal. É importante fazer o diagnóstico nessa fase para prevenir as fases seguintes com o tratamento adequado. Na terceira fase, os rins perdem sua eficiência e começam a aparecer os primeiros sinais da doença. Na quarta fase, o funcionamento renal está bastante prejudicado e requer mais atenção e cuidados. Já na quinta fase, os rins não funcionam mais e o paciente precisa da terapia renal substitutiva para sobreviver.
Existem três tipos de tratamento para a terapia renal substitutiva: a hemodiálise, a diálise peritoneal e o transplante renal. A hemodiálise é realizada por uma máquina que substitui os rins, filtrando o sangue. O paciente é conectado à máquina e o sangue passa por um filtro imerso em um líquido chamado dialisato, que retira as impurezas e devolve o sangue limpo ao corpo do paciente. A hemodiálise pode ser realizada em centros especializados. Já a diálise peritoneal é feita por meio de uma membrana que envolve os intestinos. O dialisato é colocado na cavidade abdominal do paciente e, após um tempo, é retirado. Esse tipo de tratamento pode ser realizado em casa. Por fim, quando a hemodiálise e a diálise peritoneal não são possíveis, é necessário realizar o transplante renal, em que um rim compatível é retirado de um doador e colocado no abdome do paciente.
É muito importante que quem sofre de doença renal crônica preste atenção na alimentação, pois a dieta tem um impacto enorme no tratamento. A diálise remove impurezas do sangue, mas entre as sessões de tratamento ainda acumulam-se substâncias prejudiciais contidas nos alimentos. É fundamental seguir as recomendações da equipe de nutrição e médica para evitar problemas como inchaço, desnutrição, desequilíbrio de sais minerais e excesso de fósforo e potássio no organismo. No Grupo Cine, desenvolvemos um livro digital com informações e receitas adaptadas para quem tem doença renal crônica. Ele pode ser adquirido no site da Amazon.
Para mais informações sobre a doença renal crônica, você pode acessar nosso site www.grupocine.com.br ou www.gena.org.br. Se tiver dúvidas ou quiser saber mais, converse com a equipe multiprofissional das clínicas do Grupo Cine. Agradecemos sua visita e mais uma vez, muito obrigado.
Fonte: Bate Papo: Doença Renal Crônica por GrupoCHR