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Doença hipertensiva específica da gravidez: diagnóstico e tratamento (Vídeo #1 sobre emergência obstétrica)

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Doença Hipertensiva Específica da Gravidez

Olá, meu nome é Maria Joana e estou fazendo esse vídeo para falar sobre a doença hipertensiva específica da gravidez. Este vídeo tem a finalidade de contribuir com estudantes do curso de enfermagem obstétrica.

A doença hipertensiva específica da gravidez é definida como uma manifestação clínica de sinais e sintomas, assim como alterações laboratoriais, resultantes do aumento dos níveis de pressão arterial de uma gestante. Essa gestante, anteriormente à gestação, pode ser normotensa (sem histórico de hipertensão) ou hipertensa crônica (já apresentava hipertensão antes da gravidez).

Aqui está o esquema da doença hipertensiva específica da gravidez, que ocorre a partir de 20 semanas de idade gestacional até seis semanas pós-parto. Antes das 20 semanas, se a gestante apresenta pressão arterial elevada, é considerado um caso de hipertensão crônica. Se ela continua hipertensa após seis semanas do parto, também é considerada uma hipertensão crônica.

A doença hipertensiva específica da gravidez se manifesta, preferencialmente, em torno das 20 semanas de idade gestacional, porém, pode ocorrer também em semanas posteriores, como nas 24, 26, 28 e próximo do termo, que é de 40 semanas.

Existe ainda a tríade sintomática da doença hipertensiva específica da gravidez, que consiste em hipertensão arterial (pressão arterial acima de 140 por 90 mmHg), proteinúria (presença de proteína na urina) e edema generalizado.

A doença hipertensiva específica da gravidez possui duas formas clínicas clássicas, a pré-eclâmpsia e a eclâmpsia. No próximo vídeo, falarei com mais detalhes sobre essas formas.

Fatores de Risco

Alguns fatores de risco para o desenvolvimento da doença hipertensiva específica da gravidez incluem:

  • Primeira gestação
  • Gestante com menos de 16 anos ou acima de 40 anos
  • Obesidade
  • Doenças anteriores à gestação, como hipertensão crônica, diabetes e doenças renais ou lúpus (uma doença autoimune)
  • História familiar de pré-eclâmpsia ou eclâmpsia em gestações anteriores
  • Gestação gemelar
  • Gestação com parceiros diferentes

Diagnóstico e Classificação

O diagnóstico da pré-eclâmpsia é feito quando a gestante apresenta pressão arterial diastólica acima de 90 mmHg, além de 300 mg ou mais de proteína na urina em um período de 24 horas ou durante o exame de urina. Quando a gestante apresenta mais de uma crise, também é considerado um caso de pré-eclâmpsia.

A pré-eclâmpsia é classificada em duas formas, leve e grave, de acordo com os valores de pressão arterial, quantidade de proteína na urina, presença de sintomas como cefaleia e dor epigástrica, e alterações no exame laboratorial de creatinina. Existe também uma forma grave da doença, chamada síndrome HELLP, que apresenta plaquetas diminuídas, anemia hemolítica, além de alterações nas enzimas hepáticas, cefaleia, distúrbios visuais e dor epigástrica.

Tratamento

O tratamento da doença hipertensiva específica da gravidez é clínico e depende do grau da doença. Por exemplo, nos casos de pré-eclâmpsia leve, o tratamento é conservador, e espera-se que o feto atinja a maturidade de 37 semanas, observando-se a paciente de forma clínica e laboratorial, assim como a vitalidade fetal. Se estiver tudo bem, a paciente continua sendo observada.

O tratamento específico para cada caso será abordado em um próximo vídeo, juntamente com mais informações sobre a pré-eclâmpsia e suas subdivisões.

Aqui estão as referências bibliográficas que consultei: “Obstetrícia Fundamental” de Jorge de Rezende e “Doença Hipertensiva Específica da Gravidez” de Galba de Araújo-Filho e Christian Galliano.

Se você gostou do vídeo, deixe um like e acesse o meu canal. Se tiver dúvidas ou sugestões, envie um email para mariasiqueira538@gmail.com. Obrigada por assistir!

Fonte: Doença Hipertensiva Especifica da Gravidez – 1. video. #emergenciaobstetrica. por Profª Maria Joana