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Digitalina e transporte ativo secundário: conexões com a fibrose cística

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Aula sobre a Membrana Plasmática

E aí galera, beleza? Prontos para mais uma aula profissional? Não esqueçam de se inscrever no canal, pois aqui tem vídeo aula todos os dias. Hoje vamos corrigir a aula anterior, que é muito interessante, pois nos dá o significado do que estamos estudando: a membrana plasmática e o transporte através dela.

Vamos ver por que esse entendimento é tão importante. Comecemos dando uma olhada nessa célula muscular. Como podemos pensar em como funciona? Em vermelho, temos o retículo sarcoplasmático e, em verde, uma companhia genial, a ATPase, que é responsável por bombear íons cálcio para dentro e para fora da célula. O que ocorre com um fluxo de cálcio? Esse caos urbano não faz com que ocorra a contração.

Agora, vamos ver como ocorre o transporte ativo através da membrana. O sódio é importante nesse processo. Já estudamos que há mais sódio do lado de fora da célula e menos do lado de dentro. Mesmo assim, a bomba de sódio-potássio trabalha e só deixa entrar o sódio no transporte ativo. Como isso acontece? A bomba de sódio-potássio gasta energia para jogar o sódio para fora e o potássio para dentro. Essa bomba é importante para manter o equilíbrio iônico em diversos processos do organismo.

Agora, vamos falar sobre a digoxina, que é uma substância utilizada na medicina. Ela é produzida pelas digitálias e tem o poder de bloquear a bomba de sódio-potássio. Quando isso acontece, a concentração de sódio e potássio não fica tão grande assim, pois não há uma diferença significativa. Isso afeta a concentração de cálcio no citoplasma, que é importante para a contração muscular. Quando a concentração de cálcio aumenta, os batimentos cardíacos se tornam mais intensos e eficientes. A digoxina é usada como um tônico para os batimentos cardíacos, sendo utilizada no tratamento de pessoas que têm bradicardia, quando o coração bate mais devagar do que o normal.

Agora, vamos desmistificar que nem todo transporte ativo gasta energia. Como assim? Nem todo transporte ativo gasta energia. Nesse caso, estamos olhando uma célula do epitélio intestinal. O que você está vendo é que há mais sódio do lado de fora e menos do lado de dentro. Nesse caso, o sódio e a glicose entram juntos, como um gradiente de concentração. Isso é chamado de transporte ativo secundário, pois a energia do sódio arrasta as moléculas de glicose. Ou seja, nesse caso, o transporte ativo secundário utiliza a energia do gradiente de concentração do sódio e não gasta energia por si só.

Vamos agora para o último exemplo, que também é muito interessante. Nossas células possuem um transportador de cloro, chamado de bomba de cloro. Essa bomba está bombeando cloro para fora da célula e gasta energia para isso. Porém, se houver uma mutação genética que acomete principalmente os caucasianos, uma em cada duas mil pessoas podem ter a fibrose cística. Essa doença faz com que o cloro não seja jogado para fora, deixando o muco das vias respiratórias e dos ductos digestivos muito espesso. Isso pode causar problemas intestinais e obstrução. Além disso, a pessoa com fibrose cística tem tendência a infecções pulmonares e o suor fica salgado. Essa doença reduz bastante a expectativa de vida dessas pessoas. Portanto, se conseguirmos fazer uma proteína sintética ou utilizar a terapia gênica para fazer a proteína funcionar na membrana plasmática, resolveremos o problema genético da fibrose cística.

Como podem ver, há várias aplicações desse estudo da membrana plasmática na medicina. Portanto, não é só ficar tudo na biologia, esse conhecimento é importante para resolver questões médicas. Espero que vocês tenham curtido mais essa vídeo aula. Não esqueçam de curtir e se inscrever no canal. Um abraço e até a próxima!

Fonte: DIGITALINA, TRANSPORTE ATIVO SECUNDÁRIO E FIBROSE CÍSTICA por Anderson Moreira